No último sábado, a Índia alcançou mais um marco significativo em sua crescente presença no cenário espacial global, com a bem-sucedida entrada da missão de observação solar Aditya-L1 na órbita do sol.
Após uma jornada de quatro meses desde o seu lançamento em setembro, a sonda agora está posicionada para explorar as camadas mais externas do astro-rei, marcando a primeira missão de uma nação asiática a ser colocada em órbita ao redor do sol.
O ministro de ciência e tecnologia da Índia, Jitendra Singh, compartilhou a notícia nas redes sociais, destacando o objetivo da missão: “descobrir os mistérios da conexão entre o Sol e a Terra”. Essa ambiciosa empreitada científica, nomeada em homenagem à divindade hindu do Sol, Aditya, percorreu 1,5 milhão de quilômetros da Terra, representando apenas 1% da distância entre nosso planeta e o sol.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, expressou seu orgulho no programa espacial do país, saudando a conquista como mais um “marco”.
Em suas palavras nas mídias sociais, ele elogiou a “dedicação incansável de nossos cientistas” e enfatizou o compromisso contínuo em buscar “novas fronteiras da ciência para o benefício da humanidade”.
"A Aditya-L1, cujo orbitador custou aproximadamente US$ 48 milhões, terá como foco principal o estudo das ejeções de massa coronal, eventos periódicos nos quais ocorrem enormes descargas de plasma e energia magnética da atmosfera solar.
Essas erupções, devido à sua intensidade, têm potencial para impactar a Terra, ameaçando as operações de satélites.
Além disso, a missão visa esclarecer a dinâmica de vários fenômenos solares por meio de imagens e medições de partículas na atmosfera superior do Sol. A compreensão desses fenômenos contribuirá não apenas para a ciência espacial, mas também para a mitigação de possíveis impactos dessas atividades solares na Terra.
A Índia, apesar de ter um programa espacial com orçamento relativamente modesto, tem se destacado nos últimos anos.
Desde sua primeira sonda lunar em 2008, o país avançou rapidamente em suas conquistas, sendo o primeiro a pousar uma nave sem tripulação perto do polo sul lunar em 2023. Além disso, em 2014, a Índia se tornou a primeira nação asiática a colocar uma nave na órbita de Marte.
Com uma missão tripulada de três dias na órbita da Terra prevista para este ano, planos futuros incluem uma colaboração com o Japão para enviar uma sonda à Lua até 2025 e uma missão orbital a Vênus nos próximos dois anos.
Esses esforços consolidam a Índia como um ator significativo na exploração espacial, contribuindo para o avanço do conhecimento científico e tecnológico em escala global.