Após a participação em um estudo clínico pioneiro, o Sr. Keith Thomas exibe evidências de recuperação de sensibilidade e habilidades motoras das mãos após implante cerebral de microchips com inteligência artificial.
Além disso, verificou-se que ele apresenta melhorias duradouras nas funcionalidades do pulso e do braço fora do ambiente laboratorial, mesmo após a desativação dos dispositivos.
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“Esta é a primeira vez que o cérebro, o corpo e a medula espinhal foram conectados eletronicamente em um ser humano paralisado para restaurar movimentos e sensações duradouros”, disse Chad Bouton, professor do Instituto de Medicina Bioeletrônica dos Institutos Feinstein, desenvolvedor da tecnologia e principal pesquisador do estudo, em um comunicado em julho.
“Quando o participante do estudo pensa em mover o braço ou a mão, nós ‘sobrecarregamos’ a medula espinhal e estimulamos o cérebro e os músculos para ajudar a reconstruir as conexões, fornecer feedback sensorial e promover a recuperação.”
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A fim de conduzir um processo de reabilitação potencialmente revolucionário, a equipe liderada por Bouton, pertencente à instituição de saúde Northwell Health, localizada em Nova York, empreendeu um extenso trabalho de mapeamento cerebral por meio de ressonâncias magnéticas funcionais no paciente Keith Thomas.
"O objetivo era identificar de forma precisa as regiões cerebrais responsáveis pelos movimentos dos braços e pela sensação tátil nas mãos.
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Com base nesse mapeamento, os neurocirurgiões procederam a uma operação complexa, com duração de 15 horas, parte da qual foi realizada com Thomas consciente, a fim de posicionar adequadamente dois chips que visavam reestabelecer os movimentos dos membros superiores, além de outros três chips implantados em uma área específica responsável pelo controle do tato e da sensibilidade dos dedos.
O procedimento cirúrgico intensivo também incluiu a instalação de portas externas na cabeça de Thomas, que foram conectadas a um programa de inteligência artificial (IA) desenvolvido para interpretar sua atividade cerebral e convertê-la em ações físicas, seguindo um conceito conhecido como terapia orientada pelo pensamento.
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Quando a IA recebe informações provenientes de sua atividade cerebral, ela as decodifica em sinais que são transmitidos por meio de eletrodos não invasivos posicionados sobre os músculos da coluna e do antebraço, visando estimular o movimento.
Além disso, sensores adicionais colocados nas pontas dos dedos e nas palmas das mãos transmitem dados relacionados à pressão e ao toque para a área cerebral designada para a percepção de sensações táteis.
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Após um período de apenas quatro meses de terapia, Thomas apresentou uma notável recuperação de sensibilidade nos dedos e na palma da mão, permitindo-lhe segurar a mão de sua irmã e movimentar os braços com mais que o dobro da força que possuía antes do início do tratamento.
Além disso, a equipe de pesquisadores observou uma recuperação natural surpreendente, sugerindo que alguns efeitos da lesão na coluna podem ser reduzidos de forma permanente, independentemente do uso contínuo do sistema de microchips.
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A nova tecnologia apresenta implicações altamente promissoras, conforme destacado pela equipe da Northwell Health, pois demonstra a possibilidade de reestruturação das vias neurais no cérebro sem a necessidade de intervenções farmacêuticas.
Thomas, por sua vez, relata que o progresso obtido até o momento já causou um impacto significativo em sua qualidade de vida.
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“Houve um tempo em que eu não sabia se iria viver, ou se queria viver, para ser sincero. E agora, posso sentir o toque de alguém segurando minha mão. É impressionante”, disse Thomas em 28 de julho. “Se isso puder ajudar alguém ainda mais do que me ajudou em algum momento, tudo valerá a pena.”