Um telescópio de alta tecnologia acoplado a um super balão do tamanho de um campo de futebol está sendo utilizado pela NASA para capturar imagens impressionantes de galáxias distantes, que estão sendo compartilhadas com observadores de estrelas.
Conhecido como Super Pressure Balloon Imaging Telescope (SuperBIT), o dispositivo foi lançado da Nova Zelândia em 16 de abril e, durante os primeiros dez dias de sua missão, realizou uma rotação em torno do Pólo Sul do planeta. Recentemente, foram divulgadas fotografias das Galáxias Antenas e da Nebulosa da Tarântula.
Segundo a NASA, as galáxias em questão encontram-se em processo de colisão a aproximadamente 60 milhões de anos-luz da Terra, enquanto que a nebulosa está a uma distância muito mais próxima, de apenas 161.000 anos-luz.
Acredita-se que a Nebulosa da Tarântula seja a maior região de formação estelar das galáxias mais próximas da Via Láctea. A localização do balão, a cerca de 108.000 pés acima da superfície terrestre, proporciona imagens nítidas do espaço sem a interferência de nuvens ou outros fatores adversos da atmosfera.
A Universidade de Princeton afirmou ter economizado milhões de dólares em um projeto que, de outra forma, seria semelhante à colocação de um satélite em órbita espacial, sem exigir o lançamento de um foguete para atingir a altitude de cruzeiro necessária.
"A missão tem como objetivo estudar a misteriosa substância chamada matéria escura no espaço sideral, e espera-se que o balão e o telescópio continuem a circunavegar o globo por cerca de 100 dias. Caso ocorra algum problema, os operadores possuem mecanismos a bordo que permitem a descida do balão.
Até o momento, os pesquisadores consideram que a qualidade das imagens obtidas pelo Super Pressure Balloon Imaging Telescope (SuperBIT) é comparável àquelas produzidas pelo Telescópio Espacial Hubble, mas com um custo muito menor.
Durante a missão, o balão permaneceu sobre a superfície terrestre por um período limitado, sendo que o governo dos Estados Unidos assegurou, antes do lançamento, que o Departamento de Estado coordenaria as aprovações necessárias para o sobrevoo do país. A pandemia de Covid-19 causou um atraso de aproximadamente dois anos na missão, porém a NASA já planeja o lançamento de outro super balão para 2023.
Após ser lançado, o projeto Extreme Universe Space Observatory 2 será utilizado para a detecção e observação de partículas de raios cósmicos de energia ultra-alta, de acordo com as equipes de pesquisa envolvidas no projeto. É possível acompanhar, em tempo real, a trajetória do balão que transporta o Super Pressure Balloon Imaging Telescope (SuperBIT) por meio do site csbf.nasa.gov.