A missão da Europa Clipper, conduzida pela NASA, encontra-se agendada para adentrar a fase de lançamento no término do próximo ano. Nesse contexto, a etapa crucial de montagem definitiva da mencionada espaçonave encontra-se em curso nas instalações do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL).
Recentemente, especialistas procederam à instalação de um dos elementos mais preponderantes do módulo Europa Clipper, a saber, a antena de alta capacidade de recepção/transmissão.
Esta antena desempenha o papel de elo vital com a Rede de Espaço Profundo da NASA, cuja ausência relegaria a sonda, avaliada em 5 bilhões de dólares, à condição de mero detrito espacial inerte.
O artefato, com dimensões de dez pés (equivalente a cinco metros), é uma realização do cientista Matthew Bray, vinculado ao Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins.
Bray discorre acerca das avaliações às quais o componente foi submetido, considerando os limites impostos pela não integração à estrutura da espaçonave.
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A verificação das capacidades de emissão e captação de sinais por parte da antena foi submetida a duas rodadas de testes durante o ano de 2022, ocorridas nas dependências do Centro de Pesquisas Langley da NASA, situado no estado da Virgínia.
Nesse interstício, entre tais ensaios, a antena foi remetida às instalações do Centro de Voo Espacial Goddard, localizado no estado de Maryland, para submeter-se a procedimentos de avaliação relacionados às condições de vibração e variações térmicas.
Os operários executaram, em uma manobra cuidadosamente coordenada, a instalação da antena em 15 de agosto. A colocação precisa da antena demandou várias horas de meticuloso procedimento até que sua fixação fosse consumada.
Dentre as sete antenas que compõem a estrutura da Europa Clipper, destaca-se a que ora se menciona, assumindo uma posição de proeminência incontestável.
Essa antena é responsável pela viabilização das comunicações entre a sonda e a NASA, estabelecendo-se como meio de interconexão por intermédio da Deep Space Network.
Esta rede é composta por uma série de antenas de radiocomunicação de grande porte, distribuídas globalmente, cuja finalidade reside no envio e recepção de dados oriundos de missões que transcedem a órbita terrestre.
Antes da efetivação do lançamento, está prevista a implementação de um dispositivo de cobertura especial sobre a antena da Europa Clipper. Tal dispositivo propiciará a realização de um ciclo de sinais de rádio no interior da antena, incumbindo-se de verificar a funcionalidade dos trajetos de sinalização.
A sonda Europa Clipper encontra-se equipada com um conjunto de nove instrumentos voltados à investigação da lua de Júpiter, denominada Europa. Esta lua tem suscitado considerável interesse científico em virtude de evidências que apontam para a presença de um oceano líquido subterrâneo.
Embora as luas com características oceânicas possam ser mais prevalentes do que inicialmente conjecturado, destaca-se Júpiter como o gigante gasoso mais próximo a exibir tais peculiaridades.
Paralelamente, pesquisadores também têm advogado pela exploração da lua Encélado, situada em órbita ao redor de Saturno. Tal corpo celeste apresenta a peculiaridade de regularmente liberar água no espaço circunjacente.
Contudo, nota-se que a distância entre a Terra e Encélado é quase o dobro daquela que separa nosso planeta de Júpiter.
A empreitada científica almeja a obtenção de imagens de notável resolução da superfície da lua Europa, em adição à identificação de regiões caracterizadas por elevada atividade térmica.
Adicionalmente, a missão propõe-se a realizar a cartografia do oceano subterrâneo por intermédio do emprego de um radar de penetração de gelo, entre outras explorações científicas de relevância.
O Jet Propulsion Laboratory (JPL) delineou uma estratégia que prevê a realização de 44 sobrevoos em proximidade da superfície de Europa através da sonda Clipper.
Este planejamento visa a coleta sistemática e exaustiva de dados a cada transição próxima à lua. A transmissão dos dados resultantes de cada sobrevoo à Terra ocorrerá por intermédio da antena de alto ganho, cujo processo demandará um intervalo temporal variando entre 33 e 52 minutos.
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Conforme a presente conjuntura, está delineado que a missão Europa Clipper seja lançada no mês de outubro do ano 2024. Inicialmente, o lançamento estava concebido para ocorrer por intermédio do Sistema de Lançamento Espacial (SLS), parte integral do programa lunar Artemis conduzido pela NASA.
Contudo, a urgência de gerir custos elevados e ocorrências de atrasos compeliram uma transição para a plataforma SpaceX Falcon Heavy.
Diante dos desembolsos que podem alcançar até US$ 4,1 bilhões por lançamento do SLS, essa adaptação, seguramente, acarretou em considerável economia de recursos financeiros para a agência espacial norte-americana.