Num acontecimento notável, presenciamos pela primeira vez um humanoide robótico assumindo o papel de maestro numa apresentação musical orquestral de âmbito nacional.
Este marco inédito foi protagonizado pelo autômato chamado de Maestro “EveR 6”, meticulosamente concebido e desenvolvido por especialistas renomados do Instituto de Tecnologia Industrial da República da Coreia do Sul.
No prestigioso cenário do Teatro Nacional da Coreia, o androide subiu ao pódio e, diante de uma plateia numerosa com mais de 950 espectadores, prestou reverência antes de assumir a batuta e reger os músicos com maestria.
No entanto, o destaque desse momento não se deu de forma isolada. Em sua estreia como maestro, o robô contou com a presença do “colega” humano Choi Soo-yeoul, que não pôde esconder sua surpresa diante do desempenho do autômato.
“A capacidade dele de executar movimentos tão detalhados superou amplamente minhas expectativas”, comentou Choi Soo-yeoul sobre o desempenho do robô.
"Esse marco histórico evidencia a capacidade de robôs e seres humanos coexistirem e se complementarem sinergicamente, conforme explicado pelos responsáveis pelo projeto.
“Cheguei aqui preocupada se o robô seria capaz de cumprir essa tarefa”, afirmou Kim Ji-min, estudante universitária de 19 anos especializada em música, em entrevista à AFP. “Mas descobri que ele estava em perfeita harmonia com os músicos… Parecia um mundo completamente novo para mim”.
No entanto, o EveR 6 possui uma “limitação crítica”: ele é incapaz de ouvir ou analisar a música, o que significa que não pode identificar os erros dos músicos e corrigi-los ajustando o tempo das execuções.
Nesse sentido, os desenvolvedores estão dedicados a aprimorar esse aspecto crucial, trabalhando para dotar o robô de uma inteligência artificial capaz de reagir aos estímulos sonoros e executar gestos não programados previamente.
Dessa forma, o Maestro “EveR 6” ilustra um avanço tecnológico surpreendente, que abre as portas para um futuro onde humanos e robôs possam colaborar e explorar conjuntamente as infinitas possibilidades da música.