A detecção de um sinal de rádio estável proveniente de um planeta na constelação de Cetus tem intrigado e fascinado a comunidade astronômica.
Os sinais de rádio são comuns no espaço e viajam de maneira constante para várias direções. No entanto, o que torna o sinal capturado a partir das estrelas YZ Ceti particularmente notável é sua coerência, ou seja, sua estabilidade e padrão sequencial.
Os sinais em questão foram detectados na faixa de frequência de 2 a 4 gigahertz, em duas das cinco sessões de observação realizadas para este fim. Cada sessão teve uma duração de várias horas e durante a segunda sessão, foi registrada uma rajada de rádio particularmente espetacular.
O referido planeta apresenta características que o tornam potencialmente habitável para formas de vida alienígena, uma vez que sua massa é comparável à da Terra.
YZ Ceti se encontra a uma distância relativamente próxima de nós, a apenas 12 anos-luz de distância, sendo uma das estrelas mais próximas do sistema solar. Em comparação, o sistema estelar triplo Alpha Centauri é o mais próximo do Sol, estando a aproximadamente quatro anos-luz de distância.
"De acordo com as observações realizadas pelos astrônomos, a estrela YZ Ceti abriga três planetas sólidos, todos com massas comparáveis às da Terra, o que os torna particularmente interessantes para estudos relacionados à habitabilidade.
O sinal recebido foi originado do planeta mais próximo à estrela, denominado YZ Ceti b, o qual orbita seu sol com uma proximidade maior do que a de Mercúrio em relação ao Sol. O período orbital do planeta é de apenas dois dias, em comparação aos quase 88 dias de Mercúrio. A massa de YZ Ceti b equivale a 58% da Terra, situando-se entre as massas de Marte (10 vezes menor do que a Terra) e Vênus (81% da Terra).
Os astrônomos prontamente se empenharam em esclarecer a comunidade sobre a descoberta, buscando evitar especulações infundadas a respeito de OVNIs e seres extraterrestres
De acordo com os cientistas, a sobrevivência em YZ Ceti b seria altamente improvável, uma vez que o planeta está localizado em uma posição muito próxima da sua estrela, com um ano durando apenas dois dias terrestres. Além disso, a estrela em questão é uma anã vermelha conhecida por emitir pouca luz, mas muita radiação.
A presença de uma aurora em um planeta indica a existência de uma magnetosfera, mesmo que o planeta não possua um campo magnético significativo, como é o caso de Marte e Vênus. Nesse sentido, a detecção de sinais de rádio não indica necessariamente a presença de auroras, mas sim a presença de uma magnetosfera.
A colisão do vento estelar com o planeta resulta na emissão de “luzes do norte”, que são refletidas pela magnetosfera do planeta e irradiadas para o espaço.
Os astrônomos explicam que os sinais de rádio detectados provêm da interação entre o vento estelar e os campos magnéticos da própria estrela, causando partículas carregadas a saltarem da magnetosfera de YZ Ceti b e a retornarem para a anã vermelha, onde sua própria magnetosfera os aguarda.
Sem o escudo magnético, o vento estelar bombardearia o planeta desimpedido, tornando inviável a sobrevivência de qualquer forma de vida. No entanto, a existência de uma magnetosfera é um forte indicador da possibilidade de vida em um planeta, pois ela é responsável por proteger a Terra dos efeitos nocivos do vento solar.
Caso um planeta tenha a sorte de possuir uma atmosfera, um campo magnético forte também será essencial para protegê-lo e mantê-lo, uma vez que sem ele, a radiação cósmica simplesmente expulsaria essa atmosfera.
Embora substâncias voláteis, como o vapor d’água, possam ser observadas em Marte, em Vênus, a camada atmosférica superior cria uma magnetosfera induzida que é eficaz contra a radiação, porém as substâncias mais leves são constantemente expelidas para o espaço, deixando apenas as mais pesadas, venenosas e tóxicas. De acordo com pesquisadores espaciais, essa é a triste realidade da atmosfera venusiana.