A rápida evolução da tecnologia está transformando radicalmente a maneira como realizamos nossas tarefas diárias. Um marco significativo nesse avanço é a iminente inauguração da primeira fábrica de robôs humanóides em massa no noroeste do Pacífico.
A Agility Robotics, empresa por trás dessa empreitada ousada, está prestes a dar um salto extraordinário na produção de robôs, visando atender à crescente demanda, principalmente da gigante do comércio eletrônico, a Amazon.
Em uma entrevista à Axios, Damion Shelton, CEO da Agility Robotics, compartilhou os ambiciosos planos da empresa. A “RoboFab”, a nova instalação de produção em Salem, será responsável por fabricar 10.000 robôs humanóides em seu pico de produção.
“Colocamos uma prioridade muito alta em colocar os robôs no mercado o mais rápido possível”, disse Shelton à Axios. “Nosso grande plano é chegar aos humanoides de uso geral o mais rápido possível.”
Esses robôs, denominados “humanóides” por Shelton, são projetados para caminhar e executar tarefas, sendo destinados a empresas como a Amazon para otimizar processos em seus centros de distribuição.
Atualmente, a Agility Robotics opera em uma fábrica menor em Tangent, Oregon, mas a mudança para a instalação “RoboFab” representa um salto substancial em termos de capacidade de produção. Se bem-sucedida, a empresa se tornará uma das principais produtoras de robôs nos Estados Unidos, consolidando sua presença no cenário da robótica.
Os planos da Agility Robotics são notavelmente ambiciosos, considerando que a empresa, desde sua fundação em 2016, produziu apenas cerca de 100 robôs.
No entanto, com a crescente demanda pelo modelo “Digit”, que recentemente chamou a atenção da Amazon para testes em suas próprias instalações, a empresa busca acelerar a produção e atingir uma capacidade de 10.000 robôs por ano, no pico.
A notícia da inauguração da fábrica da Agility Robotics surge em um momento em que a China também busca liderar o setor de robôs humanoides, visando alcançar a produção em massa até 2025. Ambos os desenvolvimentos levantam questões importantes sobre o impacto da automação na força de trabalho humana.
Conforme destacado pelo Axios, a companhia divulgou no início deste ano a realização de uma pesquisa em parceria com o MIT para avaliar os impactos da automação nos trabalhadores humanos. A empresa afirmou que os 750.000 robôs implementados resultaram na criação de mais de 700 novas categorias de emprego para os seres humanos na prática.
Embora a Amazon tenha anunciado esforços para entender e mitigar os impactos da automação nos trabalhadores humanos, a rápida implementação de robôs em grande escala em ambientes industriais levanta preocupações sobre a substituição de empregos tradicionais por automação.
A agilidade com que as empresas estão adotando robôs humanoides também destaca a necessidade urgente de discutir e implementar políticas que garantam uma transição suave para os trabalhadores afetados.
A inauguração iminente da fábrica “RoboFab” da Agility Robotics marca um capítulo significativo na história da automação. Enquanto a empresa busca se destacar como uma das principais produtoras de robôs humanoides nos Estados Unidos, é crucial refletir sobre o equilíbrio entre avanço tecnológico e impacto social.
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O futuro da força de trabalho, em um cenário cada vez mais automatizado, dependerá da capacidade de empresas, governos e sociedade em geral de colaborar para garantir uma transição justa e sustentável para todos.
O advento da automação é inevitável, mas a maneira como lidamos com suas ramificações definirá o caminho para uma coexistência harmoniosa entre humanos e robôs no mundo do trabalho. Que Deus nos ajude, de fato, a encontrar esse equilíbrio.