Segundo Tony Dodd, o falecido pesquisador e investigador líder de OVNIs no Reino Unido por muitos anos, o Incidente de Kalahari de 1989 é tão significativo quanto o famoso acidente de Roswell, que ocorreu quarenta anos antes.
O aspecto ainda mais intrigante desse incidente, ou mais especificamente, como a informação a seu respeito foi tornada pública, é que os documentos iniciais eram evidentemente falsificados. No entanto, apesar dessa clara inconsistência, algo instigou Dodd a investigar o alegado incidente. Essa escolha acabou por se revelar uma decisão que alteraria sua vida, nem sempre para o melhor.
Conforme indicado por documentos que vieram a público, uma nave, derrubada pela Força Aérea da África do Sul, precipitou-se no deserto de Kalahari. Os destroços foram rapidamente submetidos a uma missão de recuperação, juntamente com os ocupantes da aeronave, todos ainda vivos.
Ao realizar verificações preliminares das informações com contatos de inteligência, Dodd constatou que todos afirmavam que o incidente era completamente verídico.
O relato a seguir é amplamente derivado de um trecho do livro “Alien Investigator” de Dodd. Essa obra se torna leitura indispensável tanto para entusiastas de OVNIs quanto para céticos. Antes de adentrarmos no Incidente de Kalahari, assista ao vídeo abaixo, proporcionando um vislumbre sobre Tony Dodd e seu envolvimento na pesquisa de OVNIs. Dodd faleceu em 2009.
"Documentos iniciais
No verão de 1989, Dodd recebeu os documentos de forma inesperada. Uma manhã específica, um envelope com uma marca postal sul-africana capturou sua atenção. O remetente, preocupado com sua segurança, optou por manter sua identidade em sigilo.
Desde o início, Dodd teve fortes suspeitas de que os documentos não eram oficiais e provavelmente eram falsos. Além da aparência duvidosa, evidenciada por inúmeras grafias incorretas, havia algo intrigante.
Contudo, mesmo sem conseguir explicar completamente suas razões, Dodd dedicou-se à leitura integral dos documentos. Surpreendentemente detalhados, destacavam-se pela atenção meticulosa aos pormenores, algo incomum em outros documentos falsificados.
Resumidamente, os documentos forneciam detalhes sobre a aeronave, seu material e, aparentemente, seus dois pilotos. Dodd, valendo-se de seus contatos, especialmente na África do Sul e nos Estados Unidos, empenhou-se em verificar a autenticidade do relatório. Todos os relatórios que recebeu confirmavam a veracidade do incidente.
A perplexidade de Dodd aumentou ao constatar que alguém escolhera enviar-lhe informações autênticas e precisas sob a fachada de documentos falsos. Mais surpreendente ainda, o remetente, revelando-se como James Van Greunen, concordou em viajar para a Inglaterra e dar continuidade à investigação.
Dodd testemunhou ligações ameaçadoras da embaixada sul-africana, gravando-as para uso posterior como evidência. Consciente de que seu convidado estava sendo seguido desde sua chegada, Dodd viu essas ações como confirmações adicionais da veracidade do relato.
Em essência, a maior parte do que conhecemos sobre esse incidente baseia-se, em grande medida, nos documentos falsos de Van Greunen. Em breve, examinaremos as motivações por trás desse gesto, mas, antes disso, é crucial compreender o que realmente aconteceu.
O incidente
Em 7 de maio de 1989, um relatório sobre uma nave estranha e desconhecida penetrando o espaço aéreo sul-africano provocou a imediata ascensão dos caças Mirage para interceptá-la. Sob ordens para atacar, os caças abriram fogo contra a nave.
A aeronave avariada pousou no deserto de Kalahari, aproximadamente oitenta milhas da fronteira entre a África do Sul e Botsuana. As forças militares sul-africanas responderam prontamente, chegando ao local em questão de minutos. Enquanto aguardavam a chegada das forças terrestres, os caças mantiveram uma vigilância constante sobre a área do acidente.
A região ao redor do objeto acidentado revelou-se tão quente que “a areia e as rochas haviam se fundido!” Além disso, a radioatividade no local era tão intensa que muitos dos dispositivos eletrônicos militares ficaram inoperantes.
A misteriosa nave era feita de um material “prateado polido e liso”, aparentemente resistente, mas sem costuras visíveis. A espaçonave apresentava o que pareciam ser janelas, mas com espaçamento “irregular”. Além disso, o que os militares presumiram ser o “trem de pouso” estava visível, sugerindo uma tentativa de pouso controlado em vez de uma queda descontrolada do céu.
A equipe de resgate abriu uma escotilha e retirou dois membros da “tripulação”, ambos ainda vivos. Ambos estavam vestindo “ternos cinzentos justos”, com altura estimada de 1,5 a 2 metros. Suas cabeças eram significativamente maiores do que seus corpos, e seus olhos eram desproporcionalmente grandes.
O relatório descreve essencialmente o que a maioria das pessoas chamaria de alienígena “cinza”. Sob os trajes, seus abdomens também apresentavam uma aparência estriada e escamada.
A nave foi recuperada com segurança e levada para uma base militar sul-africana desconhecida, onde sujeira e areia cobriram qualquer evidência do incidente. De lá, o objeto seguiu em uma “passagem só de ida para a Base da Força Aérea de Wright-Patterson”, nos Estados Unidos.
Mais informações
Quando Dodd iniciou uma investigação mais aprofundada, utilizando contatos em várias localidades e estabelecendo comunicação com bases militares por meio de códigos secretos e nomes de documentos para se passar por um “funcionário interno”, algumas das informações que ele revelou foram surpreendentes, especialmente quando fontes distintas começaram a corroborar umas às outras.
Os relatórios indicavam que o governo sul-africano havia “trocado” destroços por “tecnologia nuclear”, o que violava a lei internacional que proíbe tal posse. Além disso, os americanos alertaram os sul-africanos sobre um “objeto entrando na atmosfera da Terra” que estaria em seu espaço aéreo.
Adicionalmente, enquanto dois dos alienígenas viajaram para Wright-Patterson nos Estados Unidos, um terceiro alienígena, segundo uma fonte do exército sul-africano, permaneceu na base na África do Sul e era desconhecido dos americanos.
Muitos relatos indicam que uma instalação chamada Camp 13 é a base em questão, localizada próxima ao deserto de Kalahari. A situação atual do alienígena em posse da África do Sul, assim como sua condição de vida, permanecem desconhecidas.
O destino dos dois extraterrestres que iriam para Wright-Patterson também permanece incerto. Vários informantes e confissões de leito de morte afirmaram que corpos de alienígenas estão sob posse do governo dos EUA, muitos deles supostamente congelados.
Memória fotográfica de Van Greunen
Durante uma conferência sobre OVNIs na Alemanha, Dodd se reencontrou com Van Greunen. Foi em uma pequena sala nos fundos que a verdade por trás dos documentos forjados veio à tona. Percebendo a natureza sigilosa das informações, Dodd pressionou Van Greunen de forma inequívoca para obter a verdade.
Van Greunen admitiu ser um entusiasta amador de OVNIs e ter obtido posse de documentos ultrassecretos autênticos por meio de um amigo do exército sul-africano, que estava em serviço em uma base não revelada.
Conhecendo o interesse de Van Greunen em OVNIs, o amigo trouxe os documentos secretamente, permitindo que Van Greunen os examinasse, mas sem permissão para levá-los ou fazer cópias.
Os documentos compartilhados com Dodd eram o resultado do que Van Greunen conseguiu memorizar, tentando dar-lhes uma aparência “oficial” devido à importância das informações, ciente de que poucas pessoas acreditariam apenas em seu relato.
Como Dodd descobriria nos anos seguintes, as informações eram genuínas, levando a ameaças à sua vida após tornar isso público. No entanto, permanecer no centro das atenções talvez tenha tornado mais difícil se tornar um alvo.
Outras conexões e ameaças a Tony Dodd
Embora estivesse seguro no Reino Unido devido à preocupação dos governos em evitar um incidente político, Dodd recebeu avisos de pessoas próximas de que deveria ter cautela ao viajar. Foi aconselhado a evitar viagens para a África do Sul a todo custo e, devido às suas conexões militares, foi alertado a não viajar para a França, pois corria o risco de ser morto.
Durante um seminário sobre OVNIs no Arizona, EUA, em 1991, Dodd e sua esposa receberam um aviso semelhante. Enquanto estavam sentados com dois outros pesquisadores de OVNIs, dois homens em ternos elegantes se aproximaram da mesa. Sem dizer uma palavra, os dois pesquisadores deixaram o local, indicando claramente o motivo de sua presença e com quem desejavam falar.
Novamente, Dodd foi alertado a ter cautela em relação ao que dizia e às afirmações que fazia. Embora a conversa tenha transcorrido de maneira educada e amigável, foi claramente comunicado a Dodd que ele poderia ser morto, se necessário.
- Veja também: O Incidente da Ilha de Colares de 1977
Dodd concordou em se encontrar com os dois homens na manhã seguinte, quando a “ameaça” foi reiterada. Embora tenha considerado o encontro mais como um “aviso amigável” do que na noite anterior, a intenção por trás disso não era menos séria.
Embora o incidente tenha sido ignorado pelos governos sul-africano e americano, a reputação de Dodd é suficientemente forte para que esse encontro seja considerado altamente significativo.
O vídeo abaixo aborda uma das alegações mais intrigantes e confiáveis sobre OVNIs.