No último fim de semana, a Universidade de Stanford foi palco de um evento inovador: a primeira conferência da recém-criada organização sem fins lucrativos, Sun Foundation. Essa reunião exclusiva contou com a presença de ex-funcionários do governo, físicos experientes, pesquisadores acadêmicos, ativistas e jornalistas, todos unidos por um interesse comum nos “Fenômenos Anômalos Não Identificados” ou UAPs, como são conhecidos atualmente.
No centro das atenções estava o coronel aposentado do Exército dos EUA, Karl E. Nell, que não apenas trouxe uma proposta ousada à mesa, mas também estabeleceu um prazo intrigante: outubro de 2030.
O Coronel Nell, em sua declaração, instou a criação de um “plano de campanha” visando à transparência nos programas secretos de UAPs. Além disso, ele propôs um “Projeto Manhattan” para a engenharia reversa de espaçonaves alienígenas recuperadas. O prazo estipulado para essas ações ambiciosas? O final desta década.
O coronel fundamentou sua proposta como uma medida preventiva para evitar um “vazamento catastrófico”, uma divulgação caótica que poderia semear a discórdia e o caos. A data marcada para a conclusão dessa revelação monumental foi fixada em 1º de outubro de 2030, prometendo uma nova era de descobertas científicas interativas com as “inteligências não humanas”.
"Contudo, nem todos compartilham o entusiasmo do coronel Nell. Christopher Mellon, ex-subsecretário adjunto de Defesa para Inteligência, expressou suas preocupações em relação às implicações dessa desclassificação abrupta.
Em um artigo recente, Mellon questiona se os benefícios superam os potenciais riscos. Ele destaca a natureza impactante de tal revelação e os efeitos aterrorizantes que poderia ter na população global. O ex-subsecretário argumenta que os políticos enfrentariam desafios consideráveis em lidar com as consequências, questionando a capacidade de avançar em outras áreas da agenda política diante da agitação generalizada.
Além disso, Mellon levanta questões fundamentais sobre o propósito dessa divulgação e os possíveis efeitos colaterais. Ele pondera sobre o impacto na sociedade, questionando se a revelação precipitaria mudanças no comportamento de civilizações alienígenas e se alguns governos reagiriam de forma exagerada, desencadeando interações temerosas e agressivas.
“É difícil para mim imaginar qualquer um dos políticos para quem trabalhei ao longo dos anos aproveitando essa oportunidade. A confirmação repentina e inesperada da presença de seres extraterrestres na Terra não apenas perturbaria, mas inevitavelmente aterrorizaria milhões, se não bilhões, de pessoas. E com que propósito? Que chance ele teria, como presidente, de avançar em outros itens vitais de sua agenda, dada a agitação que resultaria? Que razão há para acreditar que o efeito líquido sobre a sociedade seria positivo em vez de negativo?”, escreveu Mellon.
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O ex-subsecretário destaca a necessidade de uma abordagem ponderada e cuidadosa diante do potencial risco envolvido na divulgação de informações tão perturbadoras.
“Essas são questões que precisam ser abordadas por aqueles que defendem a divulgação de informações que confirmem uma presença extraterrestre na Terra. Essas informações têm o potencial de ser uma verdadeira caixa de Pandora, portanto, é vital pensar cuidadosamente sobre isso antes de prosseguir”, continuou ele.
Outro protagonista importante na conferência foi o Dr. Garry Nolan, criador da Sun Foundation, cujo laboratório em Stanford detém tecnologia de ponta para analisar estruturas atômicas e moleculares. Suas descobertas sobre evidências físicas de OVNIs em incidentes no Brasil e no Novo México adicionam uma camada fascinante ao debate em curso sobre a desclassificação.
Em última análise, a proposta do coronel Nell levanta questões cruciais sobre o equilíbrio entre transparência e os riscos potenciais associados à divulgação de informações sobre a presença de inteligências não humanas.
O prazo estabelecido até 2030 adiciona um senso de urgência a essas considerações, destacando a importância de uma cuidadosa deliberação antes de abrir a “caixa de Pandora” que é a revelação de OVNIs.