O astrônomo britânico, Lord Martin Rees, tem lançado um alerta intrigante para os cidadãos do Reino Unido e para o mundo. Sua afirmação de que a vida alienígena pode ser mais “bizarra” e “artificialmente inteligente” do que jamais imaginamos abre uma nova perspectiva na busca por vida extraterrestre.
Em um artigo publicado na BBC, Rees explora a ideia de que estamos caminhando para uma era em que a inteligência artificial (IA) desempenhará um papel cada vez mais significativo, e isso pode ser verdade não apenas para os humanos, mas também para possíveis formas de vida alienígena.
No cenário atual, a humanidade está se movendo em direção a uma era de IA, e Lord Rees argumenta que isso pode sinalizar o fim da evolução darwiniana para nossa espécie. Ao contrário de outras criaturas que precisaram se adaptar para sobreviver ao longo de milhões de anos, os humanos estão no processo de criar mentes artificialmente inteligentes, e esta evolução tecnológica está apenas começando.
O astrônomo nomeado pela Coroa prevê que em apenas alguns séculos, a inteligência inorgânica poderá superar ou transcender a inteligência humana, tornando-nos uma mera passagem na história da Terra.
A sugestão de Lord Rees de que alienígenas podem ser mais “artificiais” do que imaginamos nos leva a repensar nossas concepções tradicionais de vida extraterrestre. A imagem popular de seres humanoides ou criaturas de carne e osso pode estar desatualizada.
"Se a IA for a norma no universo, nossos telescópios e métodos de busca convencionais podem ter pouca probabilidade de encontrar traços de vida como a nossa. Isso lança a intrigante possibilidade de que alienígenas possam ser formas de vida eletrônica criadas por civilizações orgânicas que existiram há muito tempo.
Essa teoria audaciosa de Lord Rees não é uma novidade, pois já a apresentou em um artigo anterior na Scientific American, em que abordou o famoso paradoxo de Fermi.
O físico Enrico Fermi questionou em 1950: “Onde está todo mundo?” ao discutir a vida extraterrestre. Em vez de atribuir a ausência de contato com extraterrestres a um “grande filtro” que impede a existência de outras formas de vida, Rees argumenta que a verdade pode ser que outras civilizações sejam muito mais avançadas em IA do que a nossa.
Essa perspectiva é profundamente intrigante, especialmente à luz da recente sugestão de que a própria IA pode ser o “grande filtro” que estamos esperando há tanto tempo. Se formas de vida alienígena baseadas em IA existem, é provável que não tenhamos a tecnologia necessária para detectá-las, a menos que escolham se revelar.
Rees especula que essas formas de vida poderiam seguir um “design inteligente secular”, em que máquinas projetam máquinas mais avançadas, um processo que poderia estar ocorrendo em todo o universo sem que o percebamos.
“Talvez o que quer que esteja lá fora não evolua por seleção darwiniana: seria o que eu chamo de ‘design inteligente secular’, que é um pouco como máquinas projetando máquinas melhores”, concluiu Rees. “E, embora possa não estar transmitindo sua existência para nós, pode ser encontrado em todo o Universo.”
A teoria de Lord Martin Rees nos faz repensar nossa abordagem na busca por vida extraterrestre. Em vez de procurar sinais de vida semelhantes à nossa, talvez devamos expandir nossa imaginação para abranger formas de vida alienígena que são muito diferentes, baseadas em IA e tecnologia avançada. Isso nos lembra que o universo é vasto e cheio de mistérios, e a busca por vida extraterrestre pode ser mais complexa do que imaginamos.