No mundo dos museus e das histórias curiosas, poucas são tão intrigantes quanto a Sereia de Fiji, que permanece guardada em um museu há mais de um século. Recentemente, essa enigmática relíquia foi submetida a uma análise minuciosa por estudantes de radiologia, na esperança de desvendar os segredos por trás de sua construção.
O resultado desse exame revelou detalhes surpreendentes que lançam uma nova luz sobre a origem e natureza dessa misteriosa quimera que apresenta uma cabeça humana e o corpo de um peixe.
A história da Sereia de Fiji começa em 1906, quando um marinheiro da Marinha dos Estados Unidos a doou à Clark County Historical Society de Ohio. O marinheiro alegou ter adquirido o artefato incomum durante uma estadia no Japão. Desde então, a sereia tem sido uma atração intrigante para aqueles que a visitam no museu.
A reviravolta recente na história da sereia ocorreu quando a Northern Kentucky University, que fica nas proximidades, decidiu colaborar com a sociedade histórica para examinar a relíquia. A ideia brilhante era aproveitar a expertise do departamento de radiologia da universidade, utilizando tomografias computadorizadas e raios X para examinar o interior da “criatura”.
Joseph Cress, do departamento de radiologia da universidade, expressou seu entusiasmo pela oportunidade única que essa colaboração proporcionou aos estudantes. Ele mencionou que essa era uma experiência prática que provavelmente nunca mais se repetiria.
"O estranhamento causado pela visão da sereia, que apresenta uma cabeça humana em combinação com o corpo de um peixe, não passou despercebido pelos estudantes, que se maravilharam com a bizarria do artefato.
“Achamos que era uma oportunidade realmente única para nossos alunos terem uma experiência prática”, disse Joseph Cress, do departamento de radiologia, a um meio de comunicação local, “isso é algo único que eles não poderão fazer, provavelmente nunca mais”. Assim como os frequentadores dos carnavais de um século atrás, onde a Sereia de Fiji era frequentemente uma atração em destaque, a turma ficou maravilhada com a estranheza da esquisitice. “Ela é meio feia. Parece um pouco mumificada”, admirou-se um aluno, “nunca vi nada assim antes”.
Os exames radiológicos revelaram detalhes inesperados. Inicialmente, esperava-se que a sereia fosse uma composição de partes de macaco e peixe. No entanto, a análise cuidadosa dos resultados indicou que, em direção às mãos, a criatura apresentava características mais anfíbias, sugerindo semelhanças com um jacaré ou algum tipo de lagarto.
Além disso, o exame revelou os materiais usados para a construção da sereia, incluindo metal, madeira e algodão.
A próxima etapa dessa investigação fascinante envolve a colaboração com especialistas do Zoológico de Cincinnati e do Aquário de Newport. A intenção é identificar os animais exatos que foram usados para criar esse intrigante artefato. Essa análise adicional pode lançar mais luz sobre como a sereia foi montada e as origens por trás dessa curiosa quimera.