A Agência Espacial Russa divulgou na segunda-feira que o módulo lunar Luna-25, propulsado por um foguete Soyuz, está agendado para realizar seu lançamento em 11 de agosto às 2h10 (horário de Moscou) a partir do Cosmódromo de Vostochny, localizado na região de Amur, Rússia.
Esta missão representa o primeiro empreendimento lunar de Moscou desde a realização da missão Luna-24 em 1976.
A missão Luna-24 ganhou notoriedade anteriormente quando sua cápsula de retorno efetivamente transportou aproximadamente 170 gramas de solo lunar de volta à Terra.
Entretanto, a missão Luna-25 almeja objetivos ainda mais ambiciosos, buscando deixar sua marca na história ao se tornar a primeira missão a realizar uma aterrissagem no polo sul da Lua.
Contudo, é importante ressaltar que a distinção da missão Luna-25 não se limita apenas à sua localização de pouso. Ao contrário, esta missão se destaca por não incluir uma cápsula de retorno.
"Em lugar disso, seus principais propósitos concentram-se na aprimoração das tecnologias de pouso suave, na exploração da estrutura interna da Lua e na investigação dos recursos disponíveis, com uma ênfase especial na disponibilidade de água.
Após a separação do estágio superior Soyuz, a sonda lunar Luna-25 iniciará sua trajetória em direção à Lua.
Aproximadamente quatro dias e meio após o lançamento, a sonda entrará em sua fase de órbita lunar, onde realizará uma série de correções orbitais antes de finalmente realizar o pouso na região do polo sul da Lua.
Estima-se que as operações científicas da missão na superfície lunar terão a duração de um ano.
No entanto, a missão não transcorreu sem obstáculos, enfrentando desafios em alguns de seus aspectos planejados originalmente.
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Em abril de 2022, a Agência Espacial Europeia (ESA) tomou uma posição decisiva, encerrando seus laços de colaboração com as três missões lunares conduzidas pela Rússia – Luna-25, 26 e 27 – em resposta à invasão da Ucrânia por Moscou.
Essa decisão da ESA seguiu um posicionamento similar no projeto ExoMars, em que a colaboração também foi suspensa.
Inicialmente, a câmera de navegação da Agência Espacial Europeia (ESA), denominada Pilot-D, estava programada para ser incorporada à sonda lunar Luna-25.
No entanto, após a interrupção da parceria entre a ESA e a Rússia, o Diretor-Geral da ESA, Josef Aschbacher, anunciou a exclusão da câmera do lançamento.
Em alternativa, a ESA redirecionou seus esforços, estabelecendo colaborações com prestadores de serviços comerciais e a NASA para testar e implementar os equipamentos originalmente destinados às missões russas.
À medida que o lançamento da Luna-25 se aproxima rapidamente, a comunidade internacional acompanha com grande expectativa, aguardando o desdobramento do próximo capítulo na saga da exploração lunar.