Recentemente, pesquisadores empregaram a observação do brilho estelar para aprofundar a compreensão da física interna das estrelas, como documentado em um estudo publicado no mês anterior na revista acadêmica Nature Astronomy.
O fenômeno da cintilação estelar, ao qual frequentemente somos expostos ao observar estrelas, advém do efeito de dobramento da luz causado pela interação desta com a atmosfera terrestre.
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No entanto, além dessa influência atmosférica, as estrelas exibem um brilho ou tremor intrínseco.
Especificamente, a superfície estelar é suscetível à formação de ondas de gás que, lamentavelmente, são invisíveis a partir da perspectiva terrestre. Acredita-se que tais ondulações se originem de oscilações energéticas emanadas do núcleo estelar.
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O som de estrelas cintilantes
Os pesquisadores, por meio do emprego de simulações tridimensionais, pioneiramente efetuaram a modelagem dessas oscilações e, em uma abordagem inovadora, converteram-nas para uma forma sonora, permitindo-lhes audicionar o brilho das estrelas cintilantes.
"Com o propósito de obter o “som puro” das oscilações, os pesquisadores empregaram uma série de técnicas de filtragem ao ruído, visando isolar os sinais acústicos das interferências ambientais.
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Esses sinais acústicos isolados por meio da simulação apresentaram correspondência com os sons gerados pelas oscilações em estrelas reais, validando, assim, a precisão da simulação em representá-las adequadamente.
A expectativa dos pesquisadores era que tal investigação possibilitasse a confirmação da hipótese de que o denominado “sinal de ruído vermelho”, frequentemente observado em estrelas de sequência principal massivas, se origina a partir da convecção interna da gravidade no núcleo estelar, de modo análogo às ondulações.
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Esse fenômeno de ruído vermelho consiste em um tipo de distúrbio acústico de intensidade extraordinariamente baixa, muitas vezes inaudível ao ouvido humano e, sem dúvida, imperceptível nas condições do vácuo espacial.
Entretanto, contrariando as expectativas iniciais, os resultados obtidos não corroboraram a suposição de que a convecção interna da gravidade no núcleo da estrela seja a responsável pelo sinal de ruído vermelho.
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As características do ruído gerado pelas oscilações da estrela não se mostraram concordantes com os atributos do sinal de ruído vermelho.
Por conseguinte, isso implica na continuidade da busca pela origem do sinal de ruído vermelho, demandando, por parte dos pesquisadores, a necessidade de reformulação das teorias concernentes ao fenômeno.