Uma mancha solar de dimensões equivalentes a quatro vezes o tamanho da Terra está atualmente em trânsito pelo Sol. Esta mancha solar é tão extensa que pode ser vista a olho nu, desde que sejam adotados os devidos equipamentos de proteção adequados.

O fenômeno denominado Sunspot AR3310 pode ser avistado com o uso de óculos especiais para visualização solar, tais como os óculos escuros descartáveis amplamente utilizados durante o último eclipse, que, porventura, foram descartados de maneira imprudente.
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As manchas solares correspondem a áreas da superfície solar que apresentam tonalidade mais escura devido a uma ligeira redução em sua temperatura.
“Conforme explicado pelo Serviço Nacional de Meteorologia, as manchas solares correspondem a regiões onde o campo magnético é aproximadamente 2.500 vezes mais intenso do que o campo magnético terrestre, sendo significativamente superior a qualquer outra área presente no Sol. Em virtude da intensidade desse campo magnético, ocorre um aumento na pressão magnética, enquanto a pressão atmosférica circundante diminui. Tal condição resulta na redução da temperatura em relação ao ambiente, uma vez que o campo magnético concentrado inibe o fluxo de gás novo e quente proveniente do interior solar em direção à superfície.”
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A atividade solar segue um ciclo periódico de 11 anos denominado ciclo de Schwabe. Entre os anos de 1826 a 1843, o astrônomo amador alemão Heinrich Schwabe realizou observações minuciosas do Sol, constatando que este realiza uma rotação em torno de seu eixo a cada 27 dias.
"Durante suas observações, Schwabe notou a ocorrência de períodos de tranquilidade solar, nos quais nenhuma mancha solar era visível, intercalados com fases de máxima atividade, nas quais era possível avistar 20 ou mais grupos de manchas solares.
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No presente momento, a atividade solar encontra-se em ascensão, e a NASA estima que o próximo máximo solar esteja previsto para julho de 2025.
Contudo, outra equipe de pesquisadores acredita possuir uma previsão mais precisa, a partir da análise de estruturas magnéticas em forma de rosquinhas que se formam a uma latitude de 55 graus em ambos os hemisférios solares.
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Essas formações têm o movimento migratório em direção ao equador, onde se encontram e se anulam, sendo apelidadas pela equipe como o “terminador do ciclo de Hale”.
Esse fenômeno conhecido como “terminador” tem uma tendência de ocorrer até dois anos após o período mínimo, e a equipe de pesquisa acredita que ao direcionar o foco para esses eventos, seria possível obter previsões mais precisas acerca dos ciclos solares.
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“Se medirmos a duração de um ciclo não a partir do mínimo solar até o próximo mínimo, mas sim do terminador de um ciclo ao terminador do próximo, observaremos uma relação linear significativa entre a duração de um ciclo e a intensidade do ciclo subsequente”, afirmou Robert Leamon, cientista pesquisador da NASA, em entrevista ao Space.com.
Com base nessa abordagem, as previsões indicam que o próximo máximo solar ocorrerá um ano antes do previsto, aproximadamente em meados de 2024. No entanto, não é necessário esperar tanto tempo para contemplar a fascinante presença de uma mancha solar impressionante.