A Coreia do Norte informou que seu lançamento de foguete resultou em falha, resultando na perda de seu primeiro satélite de espionagem.
Acredita-se que o artefato em questão, recuperado pelas forças militares da Coreia do Sul, esteja associado ao veículo de lançamento espacial norte-coreano que sofreu uma falha durante seu lançamento em 31 de maio de 2023, resultando em sua queda no mar próximo à Ilha de Eocheongdo.
O lançamento inicial do primeiro satélite de espionagem pela Coreia do Norte não obteve êxito.
Os Estados Unidos emitiram uma declaração de condenação em relação ao referido lançamento e instaram veementemente outras nações a adotarem uma postura semelhante.
O regime recluso da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) empreendeu uma tentativa de lançamento do primeiro satélite de espionagem do país às 6h37, horário local, na quarta-feira, 31 de maio, a partir do Sohae Satellite Launching Ground, resultando em sirenes de alerta de abrigos em toda a Coreia do Sul, de acordo com a BBC.
"Contudo, o foguete Chollima-1, transportando o satélite Malligyong-1 da Coreia do Norte, acabou caindo no mar a oeste da Península Coreana, após uma falha de propulsão durante a separação das etapas, conforme relatado pela Associated Press.
De acordo com a mídia estatal da Coreia do Norte, a agência espacial do país anunciou que investigará minuciosamente “as graves deficiências reveladas” pela falha ocorrida e planejará uma segunda tentativa de lançamento quando estiver devidamente preparada.
O satélite Malligyong-1 tinha como propósito ser uma plataforma de observação da Terra, destinada a aprimorar as capacidades de inteligência da nação e permitir que o regime isolacionista coletasse imagens. A Coreia do Norte realizou um lançamento em dezembro de 2022, que supostamente testou as capacidades de imagem da nave, porém, essa missão não tinha a intenção de atingir a órbita.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs uma proibição à Coreia do Norte, impedindo-a de realizar lançamentos que envolvam tecnologia de mísseis balísticos de longo alcance.
Embora o lançamento ocorrido na quarta-feira tivesse como objetivo colocar um satélite em órbita, a Casa Branca emitiu um comunicado em 30 de maio, afirmando que o fracasso desse lançamento está “diretamente relacionado ao programa de mísseis balísticos intercontinentais da RPDC”.
Existem indícios de que o artefato recuperado pelas forças militares da Coreia do Sul seja parte integrante do veículo de lançamento espacial norte-coreano, o qual sofreu uma falha durante o lançamento ocorrido em 31 de maio de 2023, resultando na sua queda no mar próximo à Ilha de Eocheongdo, na Coreia do Sul.
Os Estados Unidos manifestaram sua condenação em relação ao lançamento ocorrido na quarta-feira e instaram todas as outras nações a adotarem uma posição similar. De acordo com o comunicado emitido pela Casa Branca, “a diplomacia não está fora de cogitação, porém, Pyongyang deve interromper imediatamente suas ações provocativas e, em vez disso, optar pelo engajamento”.
Nos últimos anos, a Coreia do Norte tem realizado testes de tecnologia de mísseis balísticos cada vez mais avançados, levantando preocupações acerca da possibilidade de alguns desses mísseis serem capazes de atingir o território continental dos Estados Unidos. No entanto, há incertezas quanto à veracidade das afirmações feitas pelo país acerca de suas capacidades de mísseis em constante progresso.
A Coreia do Norte obteve êxito em lançar satélites em órbita, mas aparentemente não do tipo espião, em ocasiões anteriores, uma vez em 2012 e novamente em 2016. Contudo, não há clareza sobre o desempenho dessas espaçonaves uma vez em órbita.