Um esqueleto, encontrado nas proximidades de Cracóvia, na Polônia, revelou-se uma descoberta de grande relevância arqueológica. Acredita-se que o esqueleto, datado aproximadamente de 7 mil anos, possa ter pertencido a um agricultor do período Neolítico.

A escavação ocorreu durante a realização de trabalhos de reforma em uma praça em Słomniki, revelando um esqueleto neolítico notavelmente preservado, acompanhado de fragmentos cerâmicos.
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Essa descoberta oferece uma oportunidade única para a compreensão da vida e das práticas culturais dos antigos agricultores da região no período Neolítico.
A escavação do esqueleto proporciona uma oportunidade singular para a compreensão de nosso passado, bem como para adquirir conhecimentos sobre o estilo de vida e a cultura das pessoas que habitaram a região há milênios.
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Com base no tipo de cerâmica encontrada, associada à cultura da cerâmica linear, é provável que o sepultamento remonte a cerca de 7.000 anos atrás, de acordo com as análises realizadas por Paweł Micyk, arqueólogo da Galty Earth & Engineering Services, responsável pela escavação do sítio.
"O indivíduo foi sepultado em um solo frouxamente compactado, caracterizado por uma composição química não ácida, o que desempenhou um papel crucial na preservação do esqueleto.
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“No momento, a identidade do indivíduo sepultado não pode ser determinada”, embora análises futuras realizadas por um antropólogo possivelmente fornecerão mais informações”, afirmou Micyk. Além disso, a equipe planeja realizar datação por radiocarbono nos ossos, a fim de estabelecer com maior precisão o período em que o indivíduo viveu.

Além do sepultamento, fragmentos de pederneira foram identificados nas proximidades. Conforme observado por Micyk, alguns dos artefatos funerários foram danificados devido ao nivelamento do solo no topo da sepultura ocorrido em algum momento do passado.
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Małgorzata Kot, professora associada de arqueologia da Universidade de Varsóvia, que não participou da escavação, expressou entusiasmo e reconheceu a importância significativa dessa descoberta, afirmando: “Trata-se, de fato, de uma descoberta empolgante e de grande relevância”.
O sepultamento em questão é atribuído aos primeiros agricultores do período Neolítico que atravessaram os Cárpatos pelo sul e adentraram o território polonês durante o sexto milênio. Pouco se sabe sobre a cultura desses agricultores iniciais, especialmente em relação aos seus rituais funerários.
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A prática de sepultar seus mortos em assentamentos ou em cemitérios separados era comum, embora a presença de cemitérios seja bastante escassa. Investigações adicionais sobre o esqueleto em questão têm o potencial de revelar informações mais abrangentes sobre a vida e os costumes dessas antigas comunidades.
“É possível imaginar que esses primeiros agricultores estavam adentrando uma terra completamente nova para eles: a vasta região das Planícies da Europa Central, com suas densas florestas. Tratava-se de um território de clima mais severo, mas também já habitado por outros grupos humanos”, observou Kot, enfatizando a presença de caçadores-coletores que já ocupavam a região.
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A coexistência entre os agricultores e os caçadores-coletores estendeu-se por aproximadamente dois milênios, embora os detalhes sobre a natureza de suas interações ainda não estejam totalmente esclarecidos.
Considerando o potencial dessas descobertas, é estimulante refletir sobre as perspectivas que podem ser desvendadas por meio de futuras escavações arqueológicas e pesquisas na área em questão.