Em uma incrível aproximação ao Sol, Mercúrio nos presenteou com um espetáculo celeste raro e magnífico. Logo após atingir sua posição mais próxima da estrela, o pequeno planeta revelou uma gigantesca cauda que lembrava a aparência de um cometa. Este evento fora do comum chamou a atenção dos observadores noturnos, e foi imortalizado em uma impressionante fotografia.
Os céus foram agraciados com um fenômeno celestial único nos últimos dias: Mercúrio parecia um cometa! Ao chegar mais perto do nosso Sol, o pequeno planeta revelou sua imponente cauda que se tornou visível no céu noturno. Uma imagem épica, capturada por um astrofotógrafo, imortalizou este momento grandioso.
Ao contrário dos planetas comuns, os cometas são formados por pedaços de rochas congeladas, gases e poeira. Eles apresentam duas caudas distintas – uma feita de gás que vaza de seus interiores e outra criada pela poeira de suas superfícies. Essas caudas são sopradas para longe do cometa na mesma direção pelas partículas carregadas do Sol, conhecidas como vento solar.
Mercúrio, o pequeno planeta que orbita mais próximo do Sol, esconde um segredo fascinante: uma cauda brilhante e misteriosa que se assemelha a um cometa. Mas, ao contrário do que se pode imaginar, ela não é composta de gelo e poeira, e sim de íons de sódio, que são espalhados pela superfície do planeta pelos ventos solares e impactos de micrometeoros.
A existência dessa cauda intrigou os cientistas desde que foi descoberta em 2001, e desde então eles têm feito diversas descobertas sobre suas características e comportamento. Sabe-se agora que ela cresce e diminui de tamanho conforme a proximidade de Mercúrio com o Sol, atingindo seu pico máximo de extensão em torno de 14,9 milhões de milhas (24 milhões de quilômetros), cerca de 62 vezes maior que a distância entre a Terra e a Lua.
"Mas por que essa cauda se estende por uma distância tão grande? A resposta está na própria natureza do planeta. Com uma atmosfera extremamente fraca, Mercúrio é incapaz de proteger sua superfície dos ventos solares intensos e constantes, que literalmente rasgam sua camada externa.
A cauda de Mercúrio, um dos planetas mais intrigantes do nosso sistema solar, tem um comportamento peculiar que fascina e intriga os cientistas. Segundo o Spaceweather.com, a cauda do planeta se torna mais visível da Terra exatamente 16 dias após o periélio, o ponto em que Mercúrio está mais próximo do Sol.
No último dia 1º de abril, o pequeno planeta alcançou o periélio, fazendo com que sua cauda se tornasse ainda mais brilhante em 17 de abril, quando pode ser vista pelos observadores atentos. E em 12 de abril, o astrofotógrafo Sebastian Voltmer capturou uma imagem impressionante da cauda de Mercúrio a partir de um ponto perto de Spicheren, uma comuna no nordeste da França.
Sua cauda é tão tênue e sutil que passou despercebida aos olhos humanos até o século XXI. Mas o astrofotógrafo Sebastian Voltmer conseguiu capturar uma imagem deslumbrante da pluma gigante graças a um filtro especializado que destaca os comprimentos de onda amarelos da luz emitidos pelas partículas excitadas de sódio na cauda.
“Sem esse filtro, a cauda de Mercúrio é quase invisível a olho nu”, revelou Voltmer em entrevista ao Spaceweather.com.
Mercúrio pode ser o menor planeta do sistema solar, mas ele não é o único que esconde segredos fascinantes. A lua, por exemplo, tem uma cauda tão impressionante quanto a do planeta, que só se torna visível uma vez por mês, quando a Terra passa por ela e a usa como um cachecol.
Assim como Mercúrio, a cauda da lua é composta principalmente por milhões de átomos de sódio, o que a torna surpreendentemente semelhante a uma cauda de cometa.