A China planeja construir uma constelação de satélites para explorar o espaço profundo. Saiba mais sobre o projeto e suas fases de desenvolvimento.
A China está dando um grande passo em sua jornada de exploração espacial. Com a intenção de fornecer serviços de comunicação, navegação e sensoriamento remoto para a exploração do espaço profundo, a China irá desenvolver uma constelação de satélites chamada Queqiao, ou Ponte Magpie.
Essa iniciativa foi anunciada pelo designer-chefe do grande projeto de exploração do espaço profundo, Wu Yanhua, durante a Primeira Conferência Internacional de Exploração do Espaço Profundo realizada em Hefei, capital da província de Anhui, no leste da China.
A constelação será construída em três fases e o primeiro piloto será lançado por volta de 2030, para apoiar a quarta fase do programa de exploração lunar da China e a construção da Estação Internacional de Pesquisa Lunar.
A segunda fase prevê a construção de uma constelação básica por volta de 2040, que será responsável por realizar a navegação regional e fornecer serviços para exploração lunar tripulada e exploração do espaço profundo para planetas como Marte e Vênus.
"Segundo o designer-chefe do grande projeto de exploração do espaço profundo da China, Wu Yanhua, espera-se que a constelação seja expandida até 2050, proporcionando serviços para a exploração de planetas gigantes, bem como da borda do sistema solar. Marte e Vênus também estão na lista de alvos.
Dentro da constelação, o satélite de retransmissão Queqiao-2, ou Magpie Bridge-2, tem data de lançamento marcada para 2024, de acordo com a Administração Espacial Nacional da China (CNSA). Sua função será de grande importância, servindo como plataforma de retransmissão para a quarta fase do programa de exploração lunar da China, fornecendo serviços de comunicação para as missões Chang’e-4, Chang’e-6, Chang’e-7 e Chang’e-8.
O futuro da exploração espacial parece cada vez mais promissor, com a construção da constelação Magpie Bridge. De acordo com Yu Dengyun, acadêmico da Academia Chinesa de Ciências (CAS), esta infraestrutura espacial será uma plataforma de serviço público construída e operada no espaço profundo, com capacidades para comunicação eficiente, navegação, computação em órbita e armazenamento de informações.
Para tornar a constelação ainda mais completa, durante a Conferência Internacional de Exploração do Espaço Profundo, organizada pelo Laboratório de Exploração do Espaço Profundo da China, foi lançada uma chamada global de propostas para o projeto. O objetivo é reunir novas ideias e soluções para a futura constelação de satélites, demonstrando o compromisso da China em liderar a exploração espacial mundial.
O evento de dois dias, que contou com a participação de mais de 500 convidados de 14 países e regiões, foi uma das principais atividades realizadas para comemorar o Dia Espacial da China, celebrado em 24 de abril.