Conheça as surpreendentes cavernas gigantes encontradas em diferentes regiões do Brasil.
Foi constatado por meio de pesquisas que as Paleotocas, as quais foram descobertas na América do Sul, podem ter sido produzidas através da escavação realizada por animais pré-históricos.
Segundo estudos realizados por pesquisadores, os túneis gigantes descobertos na América do Sul no início do século XXI não foram resultado de processos geológicos nem foram construídos por seres humanos. Constatou-se que essas estruturas são, na verdade, paleotocas, construídas no passado por animais pertencentes à megafauna que habitava essa parte do continente americano e que atualmente está extinta.
Até o começo dos anos 2000, havia poucas descrições de tocas que pudessem ser atribuídas à megafauna na literatura científica. No entanto, estudos na área têm avançado significativamente. De acordo com a revista Discover, o professor de minerologia Heinrich Theodor Frank documentou pelo menos 1,5 mil paleotocas em seu estado natal, o Rio Grande do Sul, até o ano de 2017.
O professor Heinrich Theodor Frank descobriu centenas dessas formações em Santa Catarina, algumas das quais causaram sensações de que alguma criatura pré-histórica poderia estar esperando na próxima curva. No Rio Grande do Sul, foram encontradas tocas com comprimentos originais de centenas de metros.
"Além disso, uma toca na Serra Gandarela, no extremo norte do estado de Minas Gerais, apresentava um comprimento total de mais de 304 metros. Frank também recebeu relatos sobre outro abrigo pré-histórico com mais de 914 metros de comprimento em Santa Catarina.
No ano de 2010, Amilcar Adamy, geólogo da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), iniciou uma investigação sobre rumores de cavernas na região sul do Brasil. Adamy estava trabalhando em um levantamento geral em Rondônia quando teve conhecimento dessas formações.
Por meio de perguntas realizadas a pessoas próximas ao local, o especialista descobriu um buraco em uma encosta arborizada a alguns quilômetros ao norte da fronteira boliviana. Em uma inspeção preliminar da caverna, ficou evidente que ela não era fruto de um processo geológico natural.
Amilcar Adamy, geólogo da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), voltou à caverna descoberta em 2010 no sul do Brasil em 2015. Segundo ele, a caverna é a primeira paleotoca já encontrada na Amazônia, e é uma das maiores já medidas, com túneis ramificados de cerca de 610 metros de comprimento.
Além disso, os poços principais, ampliados pela erosão, tinham originalmente mais de 1,8 metro de altura e 1,5 metro de largura.
Adicionalmente, estima-se que aproximadamente 4 mil toneladas métricas de terra e rocha foram removidas pelos animais para a construção da toca. Adamy enfatiza que tal tarefa não teria sido realizada por apenas um ou dois indivíduos, mas sim por uma coletividade ao longo de várias gerações.