De acordo com especialistas, há a possibilidade de que a vida extraterrestre possua a chave para a cura do câncer. Isso se dá pelo fato de que a gravidade da Terra pode dificultar o cultivo de proteínas complexas essenciais para o estudo e a compreensão das doenças.
De acordo com os cientistas, experimentos realizados no espaço, onde não há influência da gravidade terrestre, apresentam maior probabilidade de gerar soluções para uma variedade de condições médicas. Essa perspectiva desperta a possibilidade de que formas de vida inteligente extraterrestre possuam tal conhecimento. Empresas em todo o mundo já estão investindo em pesquisas médicas no espaço.
Um exemplo disso é a SpacePharma, uma grande empresa médica que tem enviado ao espaço, nos últimos quatro anos, pequenas fábricas com tecnologia de ponta, movidas por energia solar, em caixas com design semelhante a uma mala estilo James Bond, na parte de trás de foguetes da SpaceX. O diretor executivo da empresa, Yossi Yamin, lidera essa iniciativa que busca aproveitar ao máximo as condições singulares do espaço para aprimorar a pesquisa médica e contribuir para a descoberta de novas curas.
Uma equipe de biólogos trouxe consigo para a Terra uma série de novas descobertas médicas inovadoras, incluindo novos entendimentos sobre o comportamento das células de leucemia. Esses avanços foram possíveis graças à tecnologia desenvolvida na Universidade Technion de Israel, que permite a miniaturização de experimentos para serem enviados à Estação Espacial Internacional e controlados remotamente a partir da Terra.
Yossi afirmou: “Isso não é mais ficção científica. No ano passado, realizamos sete experimentos em órbita e o número só tende a aumentar. No próximo mês, vamos conduzir cinco experimentos no espaço, abrangendo diversas áreas, desde o futuro dos cuidados com a pele até remédios para longevidade e doenças cerebrais.”
"A ausência de gravidade torna o espaço uma opção altamente atrativa para os cientistas. O campo gravitacional da Terra pode obscurecer algumas das maneiras pelas quais as células se comunicam, tornando mais difícil entender o seu comportamento.
A gravidade também torna mais complexo manter as células-tronco em seu estado mais puro e útil por longos períodos, já que as forças gravitacionais constantes podem interromper seu desenvolvimento.
Além disso, a gravidade dificulta a análise das complexas estruturas cristalinas de proteínas-chave, tais como aquelas relacionadas ao câncer, vírus, distúrbios genéticos e doenças cardíacas.
Cultivar cristais delicados a partir do zero é fundamental para entender como um tumor ou um vírus se desenvolve ou para identificar locais onde novos medicamentos podem atuar. No entanto, quando esses cristais são cultivados na Terra, a gravidade os puxa e obscurece sua verdadeira aparência.
O professor Thais Russomano, especialista em medicina espacial e diretor executivo do think-tank InnovaSpace, explicou: “Os cristais crescem no espaço e apresentam menos imperfeições. Podemos ter uma ideia aproximada por meio de simulações geradas por computador, mas modelos precisos só podem ser criados a partir de dados confiáveis que nem sempre estão disponíveis.”
Experimentos realizados na Estação Espacial Internacional em colaboração com a empresa de biotecnologia americana MicroQuin têm contribuído para a descoberta de novos medicamentos para o câncer de mama e ovário, bem como para lesões cerebrais traumáticas, Mal de Parkinson e gripe.
Uma família de proteínas chamada TMBIM, que pode ser utilizada para combater determinados tipos de câncer e reverter alterações em doenças neurodegenerativas, pode ser cristalizada em ambiente livre de gravidade no espaço.
O CEO da MicroQuin, Scott Robinson, expressou entusiasmo quanto ao potencial da produção de medicamentos em órbita. Um exemplo é o combate à gripe, que quando infecta uma célula, modifica todo o ambiente para ser altamente oxidativo. No entanto, o uso de TMBIMs pode interromper completamente a infecção por influenza.
Essa proteína também pode ser combinada com a imunoterapia para tornar as células cancerígenas mais sensíveis a ela. Além disso, experimentos estão sendo conduzidos na Estação Espacial Internacional para produzir drogas para combater diferentes tipos de câncer, incluindo pulmão, cabeça e pescoço.
O espaço oferece uma promessa para transformar a pesquisa com células-tronco em medicina regenerativa, uma nova esperança para pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca ou hepática. Recentemente, os cientistas enviaram um saco de células-tronco para a estação espacial, onde seu crescimento pode ser monitorado da Terra por meio de um vídeo remoto.
Segundo Clive Svendsen, diretor executivo do instituto de medicina regenerativa no Cedars-Sinai em Los Angeles, se as células-tronco puderem ser transformadas de forma mais confiável em células cardíacas, renais e neurônios, de uma qualidade superior, o espaço pode se tornar um local ideal para gerar substituições de células antes de trazê-las de volta para transplante.
O maior desafio em fazer pesquisas no espaço tem sido o custo, uma vez que enviar um único experimento para a estação espacial e trazê-lo de volta pode custar milhões de libras. No entanto, empresas privadas podem estar dispostas a realizar pesquisas paralelamente às viagens de turismo espacial, o que poderia ajudar a tornar a pesquisa em medicina regenerativa mais acessível e viável.
A investigação em ambiente de baixa gravidade pode representar o término do câncer.
Clive afirmou que, no futuro, talvez seja possível ter satélites orbitando em torno de órgãos em crescimento, como algo saído de um filme de ficção científica. Ele ainda acrescentou que a criação de um coração inteiro em gravidade zero que possa ser utilizado na Terra é uma possibilidade fascinante a ser explorada. Com isso, os pesquisadores dessa área são pioneiros e estão dispostos a empurrar os limites para descobrir o que é possível.
Essa não é a primeira vez que o espaço surge como uma possível fonte de tratamento para doenças graves. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Warwick descobriu que o irídio, um elemento raro da Terra, mas frequentemente encontrado em meteoritos, pode entrar no núcleo das células cancerígenas e se ligar a uma de suas proteínas. Ao transportar a luz do laser através de fibra óptica para as células cancerígenas tratadas com irídio, a doença é eliminada, sem prejudicar o tecido saudável.
Além disso, em 1996, a conselheira americana Lynne Plaskett afirmou que foi curada de um câncer terminal por alienígenas. Segundo ela, um pequeno disco flutuante entrou em seu quarto em Long Beach, Califórnia, enquanto ela estava deitada em sua cama chorando, com apenas três meses de vida devido a um linfoma de células T.
O OVNI levitou, examinou seu corpo e desapareceu. Em quatro meses, seu câncer estava em remissão. Para Lynne, essa cura só poderia ter vindo de alienígenas, já que ela sabia que não era Deus e que não pertencia a esta Terra.