Embora os conceitos experimentais possam parecer ficção científica, a NASA acaba de fornecer uma quantia considerável de fundos para eles.
Em um esforço para expandir a exploração espacial da organização, a NASA escolheu 14 projetos experimentais para receber mais financiamento, incluindo oleodutos na Lua, blocos de construção auto-crescidos, megaconstelações de satélites no espaço profundo e aeronaves projetadas para a maior lua de Saturno. Cada uma dessas audaciosas propostas de pesquisa receberá uma doação de US$ 175.000 como parte do programa Innovative Advanced Concepts (NIAC) para concluir a análise da Fase 1 de seu conceito.
Os projetos ainda estão nos “estágios iniciais de desenvolvimento conceitual”, de acordo com a NASA, mas eles acham que o pequeno aumento no financiamento permitirá determinar qual desses conceitos de alto risco e alta recompensa tem a melhor chance de sucesso.
“A NASA ousa tornar o impossível possível. Isso só é possível por causa dos inovadores, pensadores e realizadores que estão nos ajudando a imaginar e nos preparar para o futuro da exploração espacial. O programa NIAC ajuda a fornecer a esses cientistas e engenheiros inovadores as ferramentas e o suporte de que precisam para estimular a tecnologia que permitirá futuras missões da NASA ”
Disse Bill Nelson, administrador da NASA, em comunicado.
O projeto Planet Enterprises, com sede em Washington, foi escolhido como um dos projetos por causa de seu objetivo de construir um jato que possa completar com sucesso missões para a lua de Saturno, Titã. Titã é um intrigante planeta frio com uma espessa atmosfera dourada que pode conter vida extraterrestre.
"Uma nave semelhante a um hidroavião que pode planar sobre a lua e coletar condensação de metano e compostos orgânicos complexos suspensos seria usada para a missão “TitanAir”. Pode até pousar nos lagos congelados para coletar amostras líquidas.
A Lunar Resources, Inc. de Houston tem outra ideia que parece pertencer a um romance de ficção científica. Para abastecer futuras colônias humanas na Lua, seu plano é colocar um oleoduto lá.
No Pólo Sul da lua, eles pretendem empregar bombas para despejar água e oxigênio do gelo lunar e poeira em um conduto de 5 quilômetros (quase 3 milhas) para lançar veículos, rovers e habitats humanos.
O projeto Great Observatory for Long Wavelengths (GO-LoW), desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, propõe lançar dezenas de milhares de satélites em órbita em locais a meio caminho entre a Terra e o Sol. Sua tarefa será detectar sinais de rádio de exoplanetas e analisar os campos magnéticos dos terrestres.
Ao lançar ideias para blocos de construção auto-crescíveis que podem ser usados para construir habitações em Marte, a Universidade de Nebraska recebeu um financiamento da NASA. Eles sugerem o uso de cianobactérias e fungos como agentes de construção que produzirão biopolímeros e biominerais, como o carbonato de cálcio, que podem ser empregados como materiais de construção duráveis.
A Ultra Safe Nuclear Corporation propôs a lanterna EmberCore. Sua estratégia é crucial para criar uma “lanterna” avançada que pode usar raios-X e raios gama para iluminar as áreas escuras da lua. Eles acreditam que isso pode ajudar a iluminar a composição geológica do leito rochoso do “lado escuro” da lua.
No site da NASA, várias iniciativas adicionais do programa NIAC estão listadas.
Este artigo foi originalmente publicado por Iflscience. Leia o artigo original aqui.
