Globalmente, peritos em Egiptologia têm realizado achados de artefatos que insinuam que a narrativa histórica, tal qual a compreendemos, não se revela inteiramente veraz e que determinados trechos foram propositadamente manipulados.
Ainda que essa suposição permaneça um tema repleto de polêmicas, o qual angaria numerosos opositores, é inegável que existem documentos, a exemplo da Pedra de Palermo, capazes de lançar luz sobre a possibilidade inequívoca de que nossa história não corresponde à versão convencionalmente aceita.
A Pedra de Palermo

No que diz respeito à definição da cronologia das diversas dinastias de monarcas que governaram ao longo da história do Antigo Egito, contamos com uma gama de documentos de valor inestimável que proporcionam auxílio aos especialistas nessa tarefa desafiadora, que ainda está longe de alcançar uma forma satisfatoriamente conclusiva.
Entre esses registros ancestrais, destaca-se a notória “Pedra de Palermo”, da qual sete fragmentos estão dispersos em várias instituições museológicas.

Os sete fragmentos seriam distribuídos da seguinte forma:
- Três fragmentos estão resguardados no Museu Arqueológico de Palermo, na Itália, desde o ano de 1877, apesar de suas origens permanecerem envoltas em mistério.
- Três fragmentos estão presentes no Museu Egípcio do Cairo, tendo emergido em 1903, além de outro em 1910. No interior desse museu, encontra-se ainda um quinto fragmento, adquirido no mercado de antiguidades em 1963.
- O fragmento final encontra-se no University College de Londres (Museu Petrie, UC 15508). Este também foi descoberto no mercado de antiguidades, sendo adquirido pelo próprio Petrie em 1917.
A Pedra de Palermo do Antigo Egito comprova que a nossa história foi modificada?

A Pedra de Palermo possui uma posição fundamental no que tange à investigação do Antigo Egito e de toda a sua trajetória histórica na Terra. Embora a data exata de sua criação permaneça um enigma para os cientistas, há a suposição de que tenha sido confeccionada durante um dos períodos dos Reinos Antigos, por volta do século XXV a.C.
"Dentro das informações contidas na Pedra de Palermo, que guarda semelhanças com outros documentos antigos que abordam informações correlatas, encontram-se referências aos soberanos que precederam as dinastias do Antigo Egito, bem como aos faraós das cinco primeiras dinastias.
A parcela mais enigmática da Pedra de Palermo reside na menção a esses reis misteriosos, que, de acordo com suas descrições, foram categorizados como figuras mitológicas por alguns pesquisadores convencionais. No entanto, por que essa “menção peculiar” encontrou lugar nos registros da Pedra de Palermo?

No inscrito em hieróglifos, são referidos 120 monarcas anteriores às dinastias que imperaram antes da consolidação oficial do Antigo Egito como civilização.
De maneira intrigante, os nomes desses enigmáticos “Deuses”, conforme registrado na Pedra de Palermo, emergem também em outros documentos egípcios de épocas mais recentes. A composição textual se encontra segmentada em três registros horizontais distintos:
- A parte superior exibe o nome do faraó desse período.
- A parte do meio apresenta os eventos marcantes: festivais, contagem de gado, entre outros.
- A parte inferior indica o nível mais alto anual das inundações do rio Nilo.
Na parte superior, encontram-se listados os nomes de diversos líderes pré-dinásticos do Baixo Egito: “… pu”, Seka, Jaau, Tiu, Tyesh, Neheb, Uadynar, Mejet e “… a”.
Lamentavelmente, a relevância da Pedra de Palermo não foi imediatamente compreendida, a tal ponto que essa peça histórica de grande valor chegou a ser utilizada como um portão.
Similaridades entre Documentos de Diferentes Épocas do Antigo Egito?

Um exemplo notável é a presença de diversas semelhanças entre o Cânon Real de Turim, a Pedra de Palermo e a Lista dos Reis Sumérios. Todos esses três textos fazem referência aos Deuses que supostamente desceram à Terra e governaram durante períodos extensos de milhares de anos.
Adicionalmente, a Pedra de Palermo não somente aborda com maior minúcia, mas também de maneira mais abrangente, todos os aspectos relacionados à tributação no contexto do Antigo Egito.
Ela detalha as cerimônias, explora os distintos níveis do Nilo, analisa as complexas formações militares e apresenta uma miríade de detalhes precisos que a conferem uma autenticidade inquestionável.
No entanto, surge a pergunta: por que muitos cientistas manifestam ceticismo diante desses documentos?
O principal argumento que sustenta a negação da existência dos reis mencionados é que suas descrições, se aceitas literalmente, endossariam a teoria dos Astronautas Antigos. Essa teoria, caso verdadeira, reescreveria de forma radical nossas narrativas históricas tradicionais.