No Brasil, foi descoberto um apêndice esquelético que assemelha-se a uma mão, suscitando o pavoroso pensamento de serem “ossos alienígenas” por parte de um casal surpreso. Letícia Gomes Santiago e seu namorado, Devanir Souza, encontraram essa intrigante descoberta enquanto desfrutavam de um passeio romântico na praia.
Registrando o momento, o casal filmou a mão que emergiu das areias na Ilha Comprida, no Estado de São Paulo, Brasil. Para fornecer uma escala de referência em relação ao tamanho, posicionaram-na ao lado do chinelo de Santiago, destacando a magnitude do achado e descrevendo-o como notavelmente “grande”.
“Achamos que não é humano por causa do tamanho e da quantidade de ossos”, disse Santiago. “O que poderia ser?”
Poderia ter pertencido a algum tipo de mamífero aquático, ou, conforme especularam, a algo extraterrestre. Diante dessa incerteza, Santiago prontamente buscou a orientação de especialistas em mídias sociais para desvendar a verdade por trás desse intrigante achado.
“Não sabemos que animal é e, se for um alienígena, pior ainda”, ela postou para seus seguidores.
"Um comentarista fez uma observação bem-humorada, sugerindo que o apêndice esquelético poderia ser o adorado extraterrestre do filme de Steven Spielberg de 1982, famoso por retratar um pequeno alienígena. Outra possibilidade levantada foi a ideia de que talvez o achado pertencesse a uma criatura dos tempos pré-históricos.
“Parece a mão de um ET”, brincou uma pessoa. “[É uma] mão de sereia!”, argumentou outro. “Poderia muito bem ser um osso de dinossauro!”, afirmou outra pessoa.
“Leve a um biólogo, pois isso não é normal”, aconselhou uma pessoa sensata – e foi exatamente o que fizeram.
Eric Comin, biólogo marinho, declarou que a enigmática mão encontrada provavelmente pertence a um cetáceo, um grupo de mamíferos marinhos que engloba golfinhos, botos e baleias, justificando assim o seu tamanho, conforme relatado pela Jam Press.
Suas conclusões foram feitas inicialmente, com Comin destacando que são necessários testes adicionais para identificar com precisão a qual criatura marinha pertence a misteriosa barbatana, embora ele esteja inclinado a acreditar que seja de um golfinho.
Com base exclusivamente nas imagens disponíveis, a taxa de decomposição indicou ao biólogo que o mamífero provavelmente estava submerso na água por cerca de 18 meses.
Ele enfatizou que aqueles que encontrarem restos mortais devem comunicar o achado ao Instituto de Pesquisas Cananeia (IPEC).
Aparições de animais marinhos estranhos ou desconhecidos, ou de partes deles, na costa são eventos conhecidos. Por exemplo, uma criatura não identificada, apelidada de “globster”, foi encontrada em uma praia no Oregon.
A misteriosa criatura, proveniente das profundezas, apresentava-se como uma imensa bolha e exalava um odor característico de “mamífero em decomposição”, conforme relatado por um residente que a descobriu.
“Sempre priorizamos deixar os ossos na praia para não interferir na ciclagem de nutrientes no ecossistema”, disse Henrique Chupill, porta-voz do IPEC, à Jam Press.
“Eventualmente, quando há algum interesse científico, nós os coletamos para serem usados em estudos. Se forem animais que morreram recentemente, nós os coletamos para realizar necropsias e identificar a causa da morte.”