O sucesso dessa empreitada pode corroborar a ideia de que a Grande Pirâmide não serviu como túmulo para o faraó.
Enquanto para muitos a ideia de ser enterrado na maior estrutura já erguida poderia parecer adequada, para Quéops (ou Khufu) da 4ª Dinastia do Egito Antigo, essa opção poderia ser apenas um gesto de vaidade destinado a atrair a atenção indesejada dos saqueadores de túmulos.
Contrariando as alegações egiptológicas convencionais, Heródoto mencionou que Quéops foi sepultado em uma tumba subterrânea, com um afluente do Nilo fluindo ao redor dela, criando uma ilha onde o rei foi enterrado – uma descrição que não se alinha com a Câmara Subterrânea inacabada da Grande Pirâmide, sugerindo que essa não foi utilizada para seu sepultamento.
Outro indício de que a Grande Pirâmide nunca serviu como túmulo de Quéops é a ausência de seu sarcófago ou múmia em seu interior, além da falta de inscrições dignas de um faraó. Há teorias que sugerem que a chamada Câmara do Rei poderia ter sido utilizada como um cenotáfio.
Diante dessa incerteza, a questão sobre o paradeiro da múmia de Quéops permanece. O egiptólogo Dr. Sakuji Yoshimura e sua equipe, composta por pesquisadores japoneses e egípcios, iniciaram escavações no Cemitério Ocidental, localizado próximo à imponente Grande Pirâmide de Gizé, buscando encontrar respostas.
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As sondagens preliminares realizadas com radar de penetração no solo revelaram imagens que sugerem a presença de uma estrutura antiga, renovando as esperanças de uma descoberta significativa.
Segundo Yoshimura, o processo para alcançar o ponto no leito rochoso, onde se presume que os restos mortais estejam localizados, pode se estender até o início de março.
Após anos de negociações, as autoridades concederam finalmente a permissão necessária para a equipe de egiptólogos japoneses investigar o local, que permaneceu intacto por um longo período.
“Pode ser um desejo, mas é importante acreditar até o fim”, disse Yoshimura. “Espero que possamos fazer uma descoberta maravilhosa”.
Via: Mystery Planet