O alegado episódio de abdução alienígena envolvendo Amy Rylance, residente de Queensland, Austrália, destaca-se como um dos casos de encontro próximo mais intrigantes do século 21, e sem dúvida, de toda a história relacionada a objetos voadores não identificados (OVNIs).
Os eventos ocorridos em outubro de 2001 são particularmente fascinantes, pois foram prontamente testemunhados, minuciosamente examinados e investigados quase que imediatamente após o incidente.
Além disso, a participação de dois renomados pesquisadores e investigadores de OVNIs acrescentou uma dimensão única, desencadeando uma narrativa em “tempo real” repleta de reviravoltas e revelações bizarras ao longo do percurso.
Para alguns observadores, o incidente é frequentemente considerado como uma sofisticada farsa que não proporcionou aos participantes a notoriedade ou o ganho financeiro que possivelmente almejavam.
Em contrapartida, há quem veja o evento como um episódio que levou os envolvidos a se retirarem discretamente para a obscuridade, envoltos em alegações de intimidação e confidencialidade.
"Vinícola The Whispering Winds
Na noite de 4 de outubro de 2001, na localidade de Gundiah, Keith Rylance, sua esposa Amy e sua associada Petra Heller estavam preparando-se para passar a noite na propriedade de Rylance, que estava em pleno desenvolvimento, notadamente como a “Vinícola Whispering Winds”. Em virtude disso, Keith, Amy e Petra improvisaram moradias temporárias em anexos de caravanas espalhados pela propriedade.
Na mencionada noite, por volta das 21h30, Keith já estava descansando no quarto principal da caravana, enquanto Petra estava em seu próprio quarto no anexo.
Amy, por sua vez, permanecia na sala de estar do anexo (situada entre os dois quartos mencionados anteriormente), assistindo televisão e escutando a tempestade lá fora, que parecia ganhar intensidade a cada minuto. Ela adormeceu no sofá, envolta pela mistura de sons televisivos e a atmosfera tempestuosa ao redor.
Petra relatou que despertou por volta das 23h15 e dirigiu-se à sala de estar saindo de seu quarto. Ao chegar lá, deparou-se com acontecimentos tão extraordinários que sua mente teve dificuldade em assimilar o que se desenrolava.
À sua frente, entrando por uma janela aberta da sala de estar, projetava-se um “feixe de luz retangular”, no qual Amy permanecia na mesma posição em que presumivelmente havia adormecido. Vários objetos da mesa de centro próxima também estavam envoltos por esse misterioso feixe de luz.
Petra seguiu o rastro do feixe à procura de sua origem. Fora do complexo dos anexos da caravana, ela testemunhou a luz estendendo-se em direção a um objeto em formato de disco que pairava no nível das árvores, a uma curta distância. Em seguida, perdeu a consciência, impactada e amedrontada.
Uma cena confusa
Embora Petra não pudesse precisar por quanto tempo ficou desacordada, estimava que teriam sido apenas alguns minutos, no máximo. Ao recobrar a consciência e processar rapidamente os eventos, emitiu um grito alto, como planejara, na esperança de alertar Keith. O marido, despertado pelo grito, dirigiu-se imediatamente à sala de estar, deparando-se com uma cena caótica.
Petra, ainda ansiosa e perturbada, encontrava dificuldade em articular com clareza o que havia ocorrido. Keith notou um rasgo na tela da janela aberta, expondo o ambiente às adversidades climáticas do lado de fora. Além disso, percebeu uma desordenada pilha de objetos da mesa de centro no chão, logo abaixo da janela aberta. Enquanto procurava por sua esposa, ele saiu apressadamente pela propriedade, mas Amy não estava à vista.
Ao retornar à caravana, Petra havia conseguido acalmar-se um pouco, o suficiente para relatar a Keith os eventos que testemunhara. Apesar da estranheza da narrativa, Keith começou a compreender, com base no relato de Petra, que sua esposa havia sido vítima de um sequestro perpetrado por uma inteligência extraterrestre.
Contudo, relutava em aceitar a versão dos fatos apresentada por ela, pedindo-lhe que repetisse os acontecimentos. Determinado a localizar Amy, aventurou-se novamente pela propriedade. Sem sucesso, por volta das 23h40, Keith decidiu contatar o Departamento de Polícia de Tiaro.
Pouco depois da uma da manhã, o policial Robert Marangna, acompanhado por outro oficial, chegou à Whispering Winds Winery. Diante da falta de explicações alternativas e sem motivo para duvidar da credibilidade de Petra, Keith começou a aceitar a natureza extraordinária do incidente.
Reaparecimento a quase 500 milhas de distância
Do ponto de vista dos policiais presentes, a chegada à propriedade de Rylance era marcada pela incerteza, pois estavam preparados para diversas possibilidades sombrias. Quando Keith e Petra afirmaram com absoluta seriedade que “uma nave espacial” havia levado Amy da caravana enquanto ela dormia, os policiais se viram diante de uma situação que não haviam considerado previamente.
Pouco depois, o sargento John Bosnjak chegou ao local, e os três policiais empreenderam uma busca meticulosa na propriedade e nas terras circundantes.
Assim como Keith, não encontraram qualquer indício de Amy ou pistas sobre seu paradeiro. Contudo, examinaram e coletaram amostras ao redor da tela rasgada. Além disso, observaram, na parte externa da propriedade, sob a janela aberta, dois arbustos floridos. O arbusto mais próximo da janela, no lado esquerdo, exibia sinais de exposição a calor extremo.
Durante essas primeiras investigações na propriedade Rylance, quando se iniciava um caso de pessoa desaparecida, o telefone na caravana principal tocou. Keith atendeu e conversou com uma mulher que ligava da cidade de Mackay, a quase 800 quilômetros de distância.
Ela relatou ter encontrado uma jovem confusa e desidratada em um posto de gasolina, levando-a para o Hospital Mackay. Ao descobrir a identidade da mulher, ela entrava em contato para informar Keith de que Amy estava bem.
À medida que uma nova onda de perguntas avassaladoras se formava, especialmente sobre como sua esposa havia alcançado uma distância tão considerável em tão pouco tempo, Keith passou o telefone para Marangna. O caso de pessoa desaparecida tornava-se agora uma colaboração entre as autoridades de Gundiah e Mackay.
Acordando em um “estranho quarto retangular”!
Após uma avaliação médica minuciosa e exames realizados por profissionais do Hospital Mackay, Amy Rylance foi submetida a um interrogatório pela polícia. As revelações que ela compartilhou não apenas fascinaram, mas, devido à seriedade do incidente, foram oficialmente registradas.
Amy relatou que recordava ter se deitado no sofá e adormecido lá. A próxima lembrança era de acordar em um banco, em uma “sala retangular estranha”. O ambiente estava totalmente iluminado, embora ela não pudesse identificar a fonte de luz, pois o brilho emanava de todos os lugares e de nenhum lugar específico.
Ao observar ao redor, percebeu que estava sozinha, mas chamou para verificar se alguém responderia. Uma “voz masculina” surgiu do nada, instruindo-a a manter a calma e assegurando que nada de mal lhe aconteceria.
Pouco depois, uma abertura repentina apareceu na parede da sala, e “um homem” entrou. Tinha aproximadamente 1,80 m de altura e vestia um macacão de uma peça que o cobria da cabeça aos pés.
Em seu rosto, usava uma máscara preta com orifícios para os olhos, nariz e boca. Ele dirigiu palavras tranquilizadoras a Amy, reiterando para que ela permanecesse calma e revelando-se como a mesma voz ouvida anteriormente.
Parecia que Amy tinha ficado inconsciente por um período considerável de tempo. Seu enigmático anfitrião informou-a de que estavam retornando para “um local não muito distante de onde a levaram”. Sua próxima memória clara era de se deitar no banco e adormecer novamente.
Ao despertar, encontrava-se em um piso frio, cercada por árvores que a observavam de forma ameaçadora, enquanto o aroma do oceano impregnava o ar. Desorientada e sem saber exatamente onde estava, levantou-se e, com esforço, atravessou o matagal até avistar as luzes acolhedoras do posto de gasolina.
Taxas alternativas de passagem do tempo
Ao adentrar a área de serviço da estação, a equipe imediatamente percebeu que algo estava fora do comum e prontamente prestou assistência a Amy. Embora sua situação fosse perplexa, ela aceitou água e gradualmente começou a sentir-se um pouco melhor.
Contudo, não conseguia recordar seu próprio nome nem o local de sua residência. Nesse instante, a mulher que havia telefonado para a casa de Rylance conversou com Amy e a encaminhou para o hospital mais próximo.
Durante seu depoimento à polícia, Amy revelou que, embora nunca tivesse experimentado tal situação anteriormente, na infância testemunhara um “OVNI grande circundado por objetos menores”. Além disso, concordou em assinar acordos que a expunham a processos legais caso alguma de suas declarações fosse falsa.
Enquanto Petra e Keith ainda não haviam chegado a Mackay, a polícia providenciou acomodação para Amy em um motel, onde passaria o restante da noite. Na chegada dos três, na tarde de 5 de outubro, revisariam os acontecimentos e tentariam construir uma linha do tempo com base nos relatos individuais da noite.
Durante essa revisão, foram tiradas diversas fotos de “arranjos triangulares peculiares” na parte interna da coxa direita de Amy e em cada um de seus calcanhares. Adicionalmente, Amy havia recentemente tingido o cabelo de loiro, mas de maneira surpreendente, constataram um crescimento notável de cabelo revelando sua cor natural mais escura.
Esse último detalhe revela-se particularmente intrigante, sugerindo que o tempo vivido por Amy, onde quer que ela estivesse, estendeu-se consideravelmente além das poucas horas transcorridas na Terra.
Nesse contexto, Amy passou a mão nas pernas, as quais ela depilava regularmente; entretanto, aparentavam não ter sido depiladas por vários dias.
Outro caso de “luz sólida”?
O trio, instalado no motel, imediatamente iniciou uma pesquisa intensiva sobre OVNIs e abduções alienígenas. Eventualmente, descobriram os detalhes de contato de Diane Harrison, vinculada à Australian UFO Research Network.
Menos de vinte e quatro horas após os eventos, na tarde de 5 de outubro, compartilhariam o ocorrido com a pesquisadora de OVNIs. Dada a natureza de “luz sólida” do caso, Harrison expressou o desejo de envolver um colega pesquisador e investigador, Bill Chalker, especializado em casos relacionados ao fenômeno.
Obtendo permissão, Harrison forneceu os detalhes de contato do motel e solicitou que Chalker entrasse em contato com eles. Durante a ligação, com o conhecimento do trio, ele gravaria a conversa na qual eles detalhariam os eventos.
Keith, ansioso para entrar em contato com a mídia o mais rápido possível, ignorou o conselho dos pesquisadores de OVNIs, que pediram que ele “pensasse com muito cuidado” antes de fazê-lo. De acordo com relatos de Harrison e Chalker, embora não tenha testemunhado os eventos, Keith parecia querer controlar todos os aspectos da investigação.
Apesar disso, os pesquisadores concordaram em investigar o incidente, planejando viajar para Mackay e encontrar o trio no motel. No trajeto, com permissão dos Rylance, examinariam a Whispering Winds Winery e o local do ocorrido.
A chegada à propriedade dos Rylance estava marcada para a noite de 9 de outubro. Por volta das 22 horas, os investigadores decidiram passar a noite no anexo da caravana. A partir desse ponto, o caso assumiu um rumo ainda mais peculiar e imprevisível.
Para uma visão mais detalhada do caso, confira o vídeo breve abaixo.
Farsa elaborada ou intimidação secreta?
Durante sua estada na propriedade dos Rylance, os investigadores observaram o comportamento do cachorro da família, que estava sendo alimentado por um vizinho. Notaram que o animal frequentemente pulava na janela com a tela danificada por onde Amy supostamente teria passado.
Embora pudesse ser uma coincidência, essa observação lançava luz sobre a possibilidade de explicar o aparente dano à tela. Além disso, conversaram com os policiais que compareceram à propriedade, levantando a sugestão de que o incidente poderia ser parte de uma elaborada farsa.
As reviravoltas continuaram quando os investigadores de OVNIs chegaram a Mackay pouco tempo depois. Haviam agendado uma reunião pessoal com Keith, Amy e Petra, mas ao chegarem ao motel, descobriram que o trio havia feito o check-out naquela mesma manhã. Diversas mensagens de correio de voz não obtiveram resposta.
De maneira surpreendente, Keith entrou em contato do nada. Após se desculpar, explicou que foram obrigados a se mudar para um local secreto devido a uma experiência envolvendo “homens de preto”.
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Segundo Keith, alguns dias antes, o carro deles foi seguido por uma van robusta com tração nas quatro rodas. Prometeu entrar em contato novamente em alguns dias, mas não revelou informações adicionais, incluindo o paradeiro deles.
Desde então, embora o caso ainda permaneça oficialmente aberto, o paradeiro de Keith e Amy Rylance, assim como o de Petra Heller, permanece desconhecido. Surgem persistentes rumores de que os três residem atualmente em algum lugar no norte da Inglaterra.
A pergunta persiste: teria sido o incidente uma farsa simples? Se sim, qual seria a razão para o trio sentir a necessidade de fugir do país e permanecer basicamente oculto? Ou será que o incidente possui mais autenticidade do que a maioria acredita? E as testemunhas foram, de fato, intimidadas a se isolarem, levando uma existência secreta e desconhecida?