Um evento de possível abdução em Niterói ocorreu anteriormente às célebres ocorrências de abdução alienígena de Charles Hickson e Calvin Parker em Pascagoula em 1973, bem como antes do notório caso de abdução de Betty e Barney Hill em 1961 e da experiência vivida por Antonio Villas-Boas em 16 de outubro de 1957.
A protagonista deste relato é Clélia T. R., cuja vivência é de fato notável.
Este evento pode ser classificado como um dos mais antigos casos de Encontro Imediato de Quarto Grau, ocorrido em 10 ou 11 de setembro de 1956. À época, Clélia T.R. contava com 22 anos de idade e já era mãe de duas filhas pequenas.
Enquanto estava sentada à beira da Praia, por volta das 11 horas da manhã, aguardando a chegada de um ônibus que a levaria de volta à sua residência em Niterói, a testemunha pôde presenciar um OVNI.
O referido artefato voador aproximou-se da praia e pairou próximo à costa, provocando um sentimento generalizado de pânico entre os presentes e espectadores do evento.
"Por volta das 11 horas da manhã, a testemunha encontrava-se em um estado apressado, tendo em vista a preparação do almoço para suas filhas, com idades de 18 meses e três anos, enquanto ainda se encontrava a aproximadamente 1 hora e 30 minutos de sua residência.
Subitamente, seus sentidos captaram um leve ruído acompanhado de um foco de luz intensamente brilhante que atravessava a extensão da praia.
O ruído rapidamente aumentou, levando-a a proteger seus ouvidos com as mãos.
Nesse momento, ela percebeu a presença de um menino sentado na praia, também protegendo seus ouvidos em resposta ao som invasivo.
A reação dos presentes foi de temor e apreensão, levando-os a buscar abrigo em pequenos grupos, devido à aproximação de um Objeto Aéreo Não Identificado.
A testemunha então avistou um objeto de grandes proporções, com formato circular e extremamente luminoso, a ponto de causar desconforto ocular.
O Ovni interrompeu sua trajetória a aproximadamente 25 metros da praia e 5 metros acima do solo.
Curiosamente, não foi observada nenhuma perturbação na superfície do oceano, apesar da presença do objeto. O ruído persistia, mantendo-se com características estridentes e lancinantes.
Essa é a Primeira Abdução Alienígena da Era Moderna?
Posteriormente, Clélia recordou ter recobrado a consciência em um ambiente desconhecido, em meio à penumbra de um “corredor curvado”.
Em outro momento, ela identificou o menino da praia, que também estava presente, protegendo seus ouvidos.
Dentro do corredor, o ruído prosseguia de forma insuportável.
Para sua surpresa, Clélia encontrou-se na presença de dois seres com estaturas um tanto superiores à sua própria, considerando que ela media 1,52 metros de altura, enquanto os seres aparentavam ter aproximadamente 1,75 metros.
Detalhes sobre suas características físicas lhe escapavam, pois ela não conseguia descrevê-los precisamente. Eles estavam trajando macacões longos, cintos, luvas e calçados, todos confeccionados em material de alumínio.
Os seres portavam capacetes translúcidos com viseiras turvas.
De forma silente, eles ergueram Clélia e o menino em seus braços e os conduziram até uma sala circular com cerca de 20 metros de diâmetro.
Clélia estima ter permanecido no referido corredor por aproximadamente 20 minutos.
Avançando para um Encontro Imediato de Quinto Grau.
Um indivíduo de cabelos grisalhos, penteado para trás e sem utilizar capacete, aproximou-se da testemunha.
Ele se dirigiu a ela de forma articulada e fluente em língua portuguesa.
Clélia expressou sua queixa em relação ao ruído, ao que o homem assegurou que resolveria o problema.
O sujeito apresentava uma estatura estimada em torno de 1,70 m ou 1,75 m, trajando vestimentas semelhantes às dos outros seres presentes.
Seus olhos eram profundos e penetrantes, contudo, devido à pouca abertura de sua boca ao sorrir, Clélia não conseguiu avistar seus dentes.
Ele se deslocava mais rapidamente do que os outros dois seres, porém com movimentos suaves e confiantes.
O homem de cabelos grisalhos explicou que a trouxeram a bordo da nave com a finalidade de submetê-la a um exame.
Clélia questionou o motivo do menino estar inconsciente, e o anfitrião explicou que o menino não poderia enfrentar a realidade sem medo e pânico.
O homem então posicionou Clélia em uma maca próxima a uma parede, onde havia um dispositivo com formato quadrado.
O aparelho possuía movimentos multidirecionais, assemelhando-se a um mecanismo acordeão.
O dispositivo realizou uma análise detalhada de todo o corpo da testemunha, incluindo movimentos laterais. Durante os procedimentos, uma luz de coloração roxa emanava do aparelho.
O ruído, que anteriormente era perturbador, havia diminuído em intensidade, tornando-se perfeitamente tolerável.
Os exames tiveram duração aproximada de cinco minutos.
Posteriormente, o anfitrião apresentou a Clélia sua sala de comando, situada em uma área separada da sala circular.
De Abdução Alienígena a Encontro Imediato de Quinto Grau?
O Comandante manifestou o interesse de se comunicar com Clélia. Esta lamentou não dispor, naquele momento, de uma câmera para documentar por meio de fotografia o incrível momento que vivenciava.
O Comandante indagou sobre o significado da palavra “foto”, e Clélia prontamente respondeu, exibindo sua carteira com uma fotografia.
O Comandante afirmou que na próxima reunião ela teria a oportunidade de fazê-lo.
Clélia ponderou que um próximo encontro seria difícil, pois ele não possuía conhecimento de seu endereço atual e ela estava prestes a mudar-se em breve.
Entretanto, o Comandante assegurou que encontrá-la em qualquer lugar “não seria um problema para nós”, visto que o dispositivo simplesmente a registrava.
Contudo, ele expressou sua preferência por estar em um ambiente ao ar livre, com presença de vegetação ou água, já que espaços confinados não eram propícios para o contato com eles.
Os alienígenas adotavam uma abordagem cautelosa e sigilosa ao se aproximarem da Terra, com o intuito de evitar possíveis confrontos.
Eles estavam presentes para conduzir pesquisas e não eram hostis. Pelo contrário, sua atuação era de auxílio.
O Comandante questionou Clélia sobre a origem da cicatriz em sua região inferior do abdômen.
Clélia explicou que a cicatriz resultava de uma cesariana à qual havia se submetido no ano anterior.
Ela ficou surpresa com o conhecimento do Comandante a respeito da cicatriz, uma vez que ela não havia despi do suas roupas.
O Comandante respondeu que a medicina humana estava atrasada ao deixar cicatrizes tão proeminentes. A máquina que a examinou revelou esse detalhe, mesmo através das vestimentas.
Por fim, os alienígenas deixaram a multidão na praia sem nenhum registro de movimentação ou memória. Eles não presenciaram o transporte de Clélia ou do menino.
O que vem a seguir para Clélia?
O indivíduo de cabelos grisalhos comunicou a Clélia que, posteriormente, ela poderia apresentar amnésia parcial.
Tal situação decorreria do fato de não ser apropriado que ela compartilhasse informações com seu marido sobre o ocorrido, pois ele poderia interpretar erroneamente e considerá-la mentalmente enferma.
No entanto, esse cenário não se manifestaria em encontros futuros, uma vez que, no momento adequado, ela estaria suficientemente capacitada para descrever com precisão os eventos vivenciados a bordo do Disco Voador.
O indivíduo declarou a ela:
“Você conhecerá seu registro.”
O registro atribuído a Clélia era identificado como 3SRKO.
Este registro era apresentado em uma superfície de vidro espessa e brilhante, por meio da qual era possível vislumbrar o exterior, embora de forma embaçada.
Conforme as estimativas de Clélia, sua permanência a bordo da nave durou aproximadamente três horas.
O Incidente UFO de Clélia em 1956 chegou ao fim.
Em seguida, Clélia encontrou-se sentada nas pedras à beira da estrada, aguardando a chegada do ônibus.
Ao embarcar no ônibus, outras pessoas também entraram, incluindo o menino que, momentos antes, estava inconsciente próximo a ela.
Os passageiros permaneceram em silêncio, até que alguém indagou sobre o horário, ao qual outra pessoa respondeu que eram 16h30.
O relógio de Clélia parou de funcionar às 12h05 da tarde.
Transcorreram aproximadamente quatro a cinco horas desde sua chegada à praia.
Ao retornar para casa, seu marido perguntou insistentemente se ela estava bem e onde ela tinha estado.
Clélia não conseguiu recordar e até mesmo esqueceu de mencionar a visita à casa no bairro Saco de São Francisco.
Ela informou a ele que a casa não lhe interessou devido à precariedade dos comércios locais.
Pareceu a Clélia que ela não desejava recordar esse acontecimento.
O relógio de Clélia não pôde ser reparado, mesmo após ter sido examinado por três relojoeiros.
Uma semana depois, Clélia leu em jornais relatos de um avistamento de UFO na cidade de Magé, no Rio de Janeiro. Esse evento auxiliou na liberação de sua memória e na recordação de sua experiência de abdução.
A Investigação sobre o OVNI vinte anos depois
Contudo, apenas quase vinte anos depois, Clélia compartilhou sua experiência com sua filha mais nova, que à época contava com 21 anos de idade.
Cinco meses após esse relato, a Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV) entrevistou Clélia T.R., empregando para tal a técnica de hipnose regressiva, em 5 de maio de 1976. O procedimento foi conduzido pelo médico e parapsicólogo Professor Sylvio Lago.
O Professor Lago havia trabalhado previamente com a técnica de regressão em testemunhas importantes de avistamentos de objetos voadores não identificados (UFO), tais como Benedito Miranda e Onilson Pátero.
O Incidente Benedito Miranda envolve a abdução alienígena de um caminhoneiro em Itaperuna, Rio de Janeiro. A abdução ocorreu em 25 de fevereiro de 1971, durante uma intensa atividade de UFO na região.
Já o Incidente Onilson Pátero é um dos casos mais intrigantes da Ufologia brasileira. Ele foi abduzido por alienígenas em duas ocasiões, a primeira em 21 e 22 de maio de 1973, e a segunda em 26 de abril de 1974.
Na segunda ocorrência, Pátero foi deixado a uma distância de 300 quilômetros do local da abdução.
Destaca-se como característica notável desse caso a experiência de clonagem relatada a bordo da nave.
Durante a sessão de hipnose regressiva, Clélia T.R. relatou outra visitação, desta vez em sua própria casa, enquanto estava dormindo, porém, sem oferecer maiores detalhes a respeito do ocorrido.