Se você é fã de séries como “Arquivo X” ou apaixonado por ficção científica, certamente já imaginou que a investigação de fenômenos inexplicáveis faz parte do repertório do FBI, junto com o combate ao terrorismo, espionagem e crimes financeiros.
No entanto, a realidade é um tanto diferente. Ao longo dos anos, o FBI esteve apenas tangencialmente envolvido na possibilidade de OVNIs e extraterrestres.
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As primeiras incursões do FBI nesse terreno misterioso datam do verão de 1947, exatamente durante o famoso incidente de Roswell, no Novo México.
Naquela época, relatos de objetos voadores começaram a se espalhar como fogo selvagem pelo país, alimentando manchetes sensacionalistas.
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As descrições variavam desde formatos inusitados, como “panquecas” ou discos, até uma surpreendente lâmina circular de serra que, supostamente, atingiu um para-raios no topo de uma igreja.
Intrigados com essas visões estranhas, cidadãos preocupados não hesitaram em relatar suas experiências ao FBI.
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Afinal, não seria de se admirar, considerando que o FBI já havia investigado acidentes aéreos, como a tragédia do Hindenburg em 1937, e perigos vindos dos céus, como os balões-bomba lançados pelo Japão em direção ao Noroeste do Pacífico durante os últimos suspiros da Segunda Guerra Mundial.
O FBI, com seu papel fundamental na proteção da pátria durante o conflito, mantinha-se como uma instituição de vanguarda na garantia da segurança nacional enquanto a Guerra Fria começava a se desenrolar.
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No início, não havia uma clareza definida sobre como lidar com os avistamentos de OVNIs.
O diretor do FBI, J. Edgar Hoover, reconhecia que a Força Aérea – naquela época, parte integrante do Exército dos Estados Unidos – estava mais preparada para lidar com esse tipo de questão.
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Contudo, Hoover desejava que seus agentes investigassem os “discos” recuperados, considerando o potencial impacto desses objetos nas responsabilidades do FBI.
O Exército, por sua vez, buscava a ajuda do FBI – pelo menos inicialmente. Em 30 de julho de 1947, o FBI emitiu um comunicado a todos os seus escritórios:
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A pedido da Inteligência das Forças Aéreas do Exército, o FBI concordou em cooperar na investigação de discos voadores… Cada caso de avistamento de um disco voador deve ser minuciosamente investigado, a fim de determinar se é um avistamento legítimo, fruto da imaginação ou uma brincadeira.
No entanto, três anos depois, essa política foi alterada. Em um comunicado divulgado em julho de 1950, o FBI anunciou que a jurisdição e a responsabilidade de investigar os discos voadores haviam sido assumidas pela Força Aérea dos Estados Unidos.
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A partir de então, qualquer informação recebida sobre o assunto era imediatamente encaminhada à Força Aérea, e o FBI deixou de tentar investigar esses relatos ou avaliar as informações fornecidas.
A partir desse ponto, o número de casos relacionados a OVNIs no FBI diminuiu drasticamente. Nem o público em geral nem a própria Força Aérea buscavam mais a expertise do FBI, como havia ocorrido nos primeiros anos da Guerra Fria.
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No entanto, existiram algumas exceções notáveis. Em 1977, por exemplo, a Força Aérea informou ao FBI sobre o encerramento do “Projeto Livro Azul”, sua investigação oficial de relatos de OVNIs.
E, em 1988, o FBI foi solicitado a investigar a autenticidade de um documento supostamente classificado de 1952, relacionado a um grupo governamental ultrassecreto chamado “Majestic 12” e envolvendo OVNIs. Concluiu-se que o documento era falso.
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