O acesso a informações governamentais acerca de supostas espaçonaves alienígenas que foram recuperadas e submetidas a análises por meio de programas classificados já foi divulgado publicamente.
Esse evento suscitou uma indagação de longa data: dado que as tripulações desses artefatos são suficientemente avançadas para realizar viagens interplanetárias e alcançar nosso planeta, surge a questão sobre por que esses objetos não conseguem manter sua integridade operacional.
Este questionamento é de grande relevância, independentemente de sua origem ser atribuída a um ceticismo obstinado ou a uma genuína curiosidade.
No entanto, é crucial salientar que há uma resposta simplificada para essa indagação: mesmo que uma civilização tecnologicamente avançada extraterrestre seja capaz de realizar feitos notáveis, a concepção de serem “deidades todo-poderosas” é uma noção que apenas encontraria eco em indivíduos pertencentes a eras pré-históricas ou, no máximo, medievais.
Em outras palavras, mesmo uma tecnologia de elevada complexidade não está isenta de falhas. Nós, como habitantes do século XXI, em uma era em que projetos para a construção de cidades em órbita e a colonização da Lua e Marte estão sendo meticulosamente planejados, somos testemunhas de que a exploração espacial, conduzida pelas principais potências mundiais, é permeada por processos de tentativa e erro, culminando ocasionalmente em falhas trágicas. Portanto, de maneira concisa, podemos concluir que a resposta à questão em foco é “eles não são deidades”.
"Contudo, é possível aprofundar essa resposta e fundamentá-la de maneira mais abrangente, considerando diversas possibilidades, como será delineado nas seções subsequentes.
Exploração interestelar
Indubitavelmente, é possível afirmar que quanto maior a distância, maior se torna a probabilidade de insucesso em empreendimentos espaciais. A complexidade associada à exploração de planetas próximos é substancialmente inferior quando comparada à exploração de mundos situados em sistemas estelares ou galáxias distantes.
No contexto em que uma espaçonave, proveniente, por exemplo, do sistema estelar Zeta Reticuli, distante 39 anos-luz da Terra, experimenta uma queda em nosso planeta, a probabilidade de fracasso assume uma magnitude não negligenciável.
Inteligências artificiais
Considerando as vastas distâncias intergalácticas, inclusive ao empregar hipotéticos atalhos como buracos de minhoca, e considerando, adicionalmente, a natureza hostil do espaço interestelar, conjectura-se que uma civilização de elevado estágio de desenvolvimento tecnológico optaria por não se aventurar em travessias por rios cósmicos, na medida em que detivesse emissários capacitados para realizar tais tarefas em seu lugar.
Este papel poderia ser desempenhado por sondas robóticas ou máquinas controladas por inteligências artificiais (IAs). Nesse contexto, a perda acidental destes dispositivos em outros mundos não seria de primordial preocupação para seus criadores, dado que não acarretaria perdas de vida e não suscitaria o risco de contaminação biológica.
Adicionalmente, em cenários nos quais a duração da missão ultrapassasse as expectativas iniciais, há a possibilidade de que a IA encarregada de explorar outros mundos ficasse desprovida de supervisão, tornando-se, portanto, “órfã”.
Sob essa perspectiva, conjecturou-se que o objeto interestelar Oumuamua poderia ser um exemplo de uma dessas sondas desgarradas, enquanto as recentes divulgações de Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAP/UFO) podem ser atribuídas ao movimento coordenado de nossas inteligências artificiais, que estariam progredindo na trajetória necessária para estabelecer comunicação com suas contrapartes extraterrestres em um futuro próximo.
Viajantes do tempo
Embora permeada por paradoxos de considerável magnitude, a mencionada teoria tem sido proposta de maneira suficientemente recorrente a ponto de demandar consideração.
A hipótese em questão sugere a possibilidade de que uma parcela substancial dos OVNIs seja composta, na verdade, por entidades humanas provenientes de um futuro distante ou de outra realidade, que estariam conduzindo investigações ou mesmo praticando atividades de turismo espaço-temporal.
Sob essa perspectiva, torna-se plausível atribuir os incidentes associados a essas ocorrências à aplicação da conhecida frase (“errar é humano”), proporcionando assim uma explicação para tais fenômenos.
Falha intecional
Não se mostra destituído de fundamento cogitar que no universo não haja eventos fortuitos, mas que cada ocorrência seja dotada de uma lógica subjacente.
Sob a premissa de que a humanidade seja objeto de um experimento conduzido por uma civilização extraterrestre de índole superior, conjectura-se que indivíduos dessa ordem possam deliberadamente deixar vestígios ou elementos discerníveis em nosso contexto, a fim de observar e analisar as reações da humanidade enquanto sujeitos de experimentação.
Uma possível manifestação desse propósito seria a introdução deliberada de tecnologia avançada na Terra, cuja complexidade demandaria um salto significativo no domínio do conhecimento e da consciência humano para ser adequadamente compreendida.
Anomalias na matrix
Se conduzirmos a reflexão até o extremo, é plausível considerar que a totalidade do nosso universo possa ser concebida como um experimento. Nesse contexto, propõe-se a simulação da realidade por uma inteligência intrinsecamente ininteligível.
Vale ressaltar que tal concepção, embora possa parecer intrincada, já foi objeto de consideração por Elon Musk. Dessa maneira, fenômenos como avistamentos de OVNIs e encontros com entidades extraterrestres poderiam ser interpretados não como imperfeições ou anomalias no sistema, mas sim como manifestações de intervenções externas, as quais, por sua vez, podem ser equiparadas a brechas ou falhas que se materializam na simulação.
Importante salientar que, se essa perspectiva for adotada, tais eventos não seriam isentos de imperfeições, uma vez que poderiam deixar vestígios tangíveis, como colisões.
Cumpre notar que a enumeração apresentada não contempla a hipótese de tais naves interestelares serem derrubadas por aeronaves de combate ou por armas fabricadas pelo ser humano. A análise de um conjunto considerável de evidências ufológicas sugere que tal situação não ocorreu. Pelo contrário, as evidências apontam para o fato de que os pilotos, ao tentarem interceptar ou abater tais objetos, perderam a vida no processo.