Os Aghoris representam uma ordem monástica de ascetas Shaivite localizada em Uttar Pradesh, Índia. Eles constituem a única seita remanescente derivada da tradição Kāpālika, uma forma não-puranica do Shaivism Tantric que teve origem na Índia medieval entre os séculos 7 e 8 d.C.
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Os Aghoris são reconhecidos por suas práticas extremas, que incluem o consumo de carne humana, pois acreditam que tal ato os aproxima de Shiva, a divindade hindu da destruição.
Embora o consumo de carne humana seja considerado ilegal na Índia, os Aghoris continuam a seguir essa tradição espiritual. Eles acreditam que, ao consumir carne humana, estão realizando uma transmutação do mal em bem e liberando a alma do falecido do ciclo de nascimento e morte.
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Ademais, os Aghoris também se dedicam a outras atividades extremas, tais como o uso de cinzas provenientes de cremações em seus corpos e a prática de meditação em cemitérios.
"Embora as práticas dos Aghoris possam parecer chocantes e peculiares para muitos, eles desempenham um papel significativo na cultura e na espiritualidade hindu.
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Os Aghoris acreditam que a vida é um ciclo contínuo de nascimentos e mortes, em que o falecimento não representa o fim, mas sim uma transição para outra forma de existência. Para eles, a morte é vista como uma oportunidade de alcançar a iluminação e de se aproximar de Shiva.
Origem dos Aghoris
Os Aghoris constituem uma ordem monástica de ascetas sadhus Shaivite, cujas origens remontam à Índia medieval nos séculos VII e VIII. Eles representam a única seita sobrevivente derivada da tradição Kāpālika, uma forma de Shaivismo tântrico e não purânico.
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A etimologia da palavra “Aghori” provém do sânscrito “Aghora”, que denota “não temeroso” ou “destemido”.

Os Aghoris têm fé em uma vida ascética, dedicando-se ao culto do deus hindu Shiva, que é venerado como o deus da morte e da destruição. Eles acreditam que a morte é uma componente natural do ciclo de vida, sendo que a morte e a vida são dois aspectos inseparáveis.
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Os Aghoris sustentam a convicção de que ao confrontar a morte e a destruição, podem transcender a dualidade da existência e alcançar a iluminação espiritual.
Conhecidos por suas práticas extremas, como o consumo de carne humana, o uso de cannabis e a meditação em cemitérios, os Aghoris acreditam que tais práticas os auxiliam a transcender sua identidade egoísta e alcançar a união com o divino.
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Eles sustentam, também, a convicção de que, ao ingerirem carne humana, estão se desvencilhando dos laços com o corpo e transcendo as barreiras impostas pela casta e pela religião.
Os Aghoris são frequentemente mal compreendidos e considerados pelos hindus ortodoxos como uma seita herética e imoral.
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Entretanto, os Aghoris acreditam que todas as religiões representam diferentes caminhos rumo à mesma verdade universal e que a verdadeira espiritualidade não deve ser restringida por dogmas ou rituais. Eles acreditam que a verdadeira iluminação somente pode ser alcançada por meio da experiência direta e pessoal da divindade.
Filosofia Aghori
Os Aghoris constituem uma seita ascética Shaivite que adota uma filosofia singular. Eles professam a crença de que tudo na vida é sagrado e que a divindade permeia todas as coisas. Para os Aghoris, a existência é encarada como uma jornada espiritual em busca da iluminação, e todos os seres vivos são considerados iguais e dignos de respeito.
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Os Aghoris sustentam a crença de que a vida é uma manifestação da divindade e que todas as coisas são uma expressão do divino. Para eles, a vida não é considerada separada da divindade, mas sim intrinsecamente ligada a ela. Os Aghoris percebem a morte não como um fim, mas como uma transição para outro estado de existência.
A filosofia Aghori fundamenta-se na concepção de que a vida é um ciclo contínuo de nascimento, morte e renascimento.
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Eles encaram a morte não como algo a ser temido, mas sim como um aspecto natural da existência. Para os Aghoris, a morte representa uma oportunidade de renascimento e de libertação dos vínculos da vida mundana.
Os Aghoris mantêm a convicção de que a iluminação somente pode ser alcançada ao transcender o dualismo entre o bem e o mal. Eles percebem a natureza humana como uma combinação de luz e escuridão, entendendo que somente ao aceitar e abraçar ambos os aspectos é possível atingir a iluminação espiritual.
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Em síntese, a filosofia Aghori baseia-se na concepção de que todas as manifestações da vida são sagradas e que a divindade pode ser encontrada em todas as coisas.
Para os Aghoris, a vida constitui uma jornada espiritual rumo à iluminação, na qual a morte é considerada uma parte natural e significativa desse processo. A filosofia Aghori representa uma combinação única de Shaivismo, Tantrismo e filosofia não dualista, destacando-se como uma das mais fascinantes e extraordinárias do mundo.