Bermeja era uma ilha que aparecia nos mapas antigos do Golfo do México, mas que ninguém consegue encontrar. Será que ela nunca existiu ou foi destruída por algum motivo? Descubra a história e as teorias sobre esse mistério.
Ninguém sabe o que aconteceu com essa ilha que sumiu do mapa no Golfo do México. Algumas hipóteses são que ela foi afetada por movimentos submarinos ou elevação do mar, ou que foi explodida pelos EUA por causa do petróleo. Outra possibilidade é que ela nunca tenha existido de fato.
A ilha de Bermeja é um enigma que fascina muitos. Ela aparecia em mapas antigos e era considerada um território válido, mas sumiu sem deixar rastro no Golfo do México. Como pode uma ilha que existia ontem desaparecer hoje? É um mistério que deu origem a várias teorias da conspiração.
A ilha de Bermeja é um caso intrigante que nos mostra como as coisas podem sumir sem explicação. Ela estava no Golfo do México, a 200 quilômetros da Península de Yucatán e a 150 quilômetros do Escorpião. Sua localização era de 22 graus e 33 minutos ao norte e 91 graus e 22 minutos a oeste. Foi assim que os mapas mostraram a ilha desde 1600.
Alguns pensam que os Estados Unidos explodiram a ilha para ficar com o petróleo da área. Outros acham que a ilha nunca existiu e foi um engano dos mapas. Qualquer que seja a verdade, a história da ilha de Bermeja é fascinante e nos faz pensar como até mesmo as coisas mais reais e palpáveis podem desaparecer sem aviso.
"Um mapa dos marinheiros de Portugal
A ilha de Bermeja foi descoberta pelos portugueses e tinha 80 quilômetros quadrados. Ela aparece em um mapa português de 1535, que está em Florença. O cartógrafo espanhol Alonso de Santa Cruz menciona a ilha em um relatório para Madri em 1539. Ele chama a ilha de Yucatán e as ilhas próximas. O marinheiro Alonso de Chávez também fala da ilha em seu livro Espelho da Navegação de Sevilha, de 1540.
No mapa de Sebastian Cabot, impresso em Antuérpia em 1544, a ilha se chama Bermeja. Ela tem outras ilhas perto dela: Triângulo, Arena, Negrillo e Arrecife. A ilha também tem um farol. A imagem da ilha continua igual até o século XVII ou XVIII. Os mapas antigos do México mostram a ilha no mesmo lugar.
Mas em 1997, algo estranho aconteceu. Um navio espanhol não achou a ilha. A Universidade Nacional do México também quis saber onde estava a ilha de Bermeja. Em 2009, outro navio foi procurar a ilha. Mas nada! Os cientistas não viram a ilha nem nenhum vestígio dela.
Outros também estão desaparecidos
Bermeja não foi a única ilha que sumiu do nada, claro. No mar de corais, entre a Austrália e a Nova Caledônia, uma ilha chamada Sandy também desapareceu. Mas a ilha era só areia e parecia uma faixa longa de areia que não estava em todos os mapas. A maioria dos mapas antigos mostrava ela, e dizia-se que o famoso capitão James Cook foi o primeiro a ver e descrever ela em 1774.
Em novembro de 2012, cientistas australianos confirmaram que uma ilha do Pacífico Sul, mostrada em cartas marítimas e mapas mundiais, bem como no Google Earth e no Google Maps, não existe. A faixa de terra supostamente considerável chamada Sandy Island foi posicionada a meio caminho entre a Austrália e a Nova Caledônia, governada pela França.
Um século depois, um baleeiro inglês visitou a ilha. Em 1908, ele deu as coordenadas exatas da ilha para o almirantado britânico em seu relatório. Como a ilha era pequena e desabitada, muitos não ligavam para ela. Mas sua forma mudava de mapa para mapa e, em 2012, geocientistas e oceanógrafos marinhos australianos foram até a ilha de areia.
Eles ficaram surpresos quando não acharam a ilha. Em vez de uma ilha, havia 1.400 metros de profundidade debaixo do barco. Depois disso, os cientistas se perguntaram se a ilha podia sumir sem deixar rastro ou se nunca existiu. Logo ficou claro que ela não existia há algumas décadas.
Em 1979, hidrógrafos franceses tiraram a ilha de areia dos seus mapas e, em 1985, cientistas australianos fizeram o mesmo. Assim, a ilha só ficou nos mapas digitais, que as pessoas costumam imprimir. A própria ilha não estava mais lá. Ou talvez ela só fosse real nas mentes daqueles que viram.
E tinha uma ilha chamada Haboro perto de Hiroshima, na costa do Japão. Ela tinha 120 metros de comprimento e quase 22 metros de altura. Não era muito grande, mas dava para ver bem. Na ilha, os pescadores paravam e os turistas tiravam fotos. As fotos de 50 anos atrás mostram dois picos rochosos, um deles com plantas.
Mas oito anos atrás, quase toda a ilha ficou submersa, deixando só uma pedra pequena. Se ninguém sabe o que aconteceu com Sandy, o motivo do sumiço da ilha é claro: ela foi comida por uns bichinhos marinhos chamados isópodes. Eles botam seus ovos nas fendas das rochas e destroem a pedra que forma as ilhas todo ano.
Haboro se desfez até virar só um montinho de pedras. Os isópodes não são os únicos bichos que moram no mar e comem as ilhas. Outras criaturas no oceano matam muitas ilhas de coral, como a estrela-do-mar coroa-de-espinhos. Perto da Austrália, onde essas estrelas do mar são muito frequentes, vários recifes de corais e ilhas pequenas morreram.
Foi isso que aconteceu com a Ilha de Burmeja?
Bermeja e Sandy podem ter o mesmo destino: ilhas que nunca existiram. Quem viu Bermeja disse que era uma ilha vermelha de origem vulcânica. Mas essas ilhas são frágeis e podem desaparecer. Nenhum navio achou vestígios de Bermeja no fundo do mar. Os cientistas negam sua existência, assim como a de Sandy, uma ilha inventada por um cartógrafo da Nova Espanha no século 18.
O pesquisador Ciriaco Ceballos não encontrou nem Bermeja nem Não-Grillo em seus mapas. Ele explicou que os cartógrafos antigos se enganaram por causa dos recifes e das ondas no Golfo. Os navegantes evitavam as águas perigosas e não conferiam as ilhas. Mas essa hipótese foi esquecida depois da independência do México.