A administração municipal de Varginha anunciou, em comunicado oficial divulgado na data de ontem (30), que se encontra em fase de análise a proposta de reconhecimento do chamado “Caso ET de Varginha” como Patrimônio Cultural Imaterial do município.
Conforme informado pela administração municipal, no mês de março do corrente ano, o Conselho do Patrimônio Cultural de Varginha atendeu aos apelos da sociedade civil, determinando a instauração de estudos com o objetivo de embasar o Dossiê de Registro Municipal acerca do “Caso ET de Varginha”.
O famoso “Caso Varginha” se refere aos eventos ocorridos em janeiro de 1996, nos quais três jovens relataram ter avistado uma criatura peculiar, de baixa estatura e olhos avermelhados, que não se assemelhava a qualquer outra espécie animal conhecida.
O episódio em questão tornou a cidade de Varginha conhecida ao redor do mundo como a “cidade do ET”. Agora, com o propósito de preservar essa importante manifestação cultural, a administração municipal pretende registrar o “Caso ET de Varginha” como Patrimônio Cultural Imaterial local. Esse reconhecimento possibilitará a implementação de ações voltadas à salvaguarda desse legado, incluindo iniciativas de educação patrimonial direcionadas ao estudo da astronomia, ciências espaciais e ufologia.
Alegada manifestação.
Em 20 de janeiro de 1996, Kátia Andrade Xavier e as irmãs Liliane de Fátima Silva e Valquíria Aparecida Silva afirmaram ter avistado uma criatura enquanto caminhavam por um terreno situado no bairro Jardim Andere.
"As jovens geralmente seguiam o mesmo trajeto, porém decidiram encurtar caminho atravessando um terreno situado entre os bairros Jardim Andere e Santana. Na época, a região passava por obras de construção de um novo loteamento e de um campo.
Enquanto caminhavam perto de um muro próximo a uma oficina, as irmãs ouviram um grito de Kátia. Ao olharem na mesma direção que a amiga, avistaram uma estranha criatura agachada. Com o grito de Kátia, a criatura virou a cabeça em direção às jovens e as encarou por alguns instantes.
De acordo com o relato das irmãs, o ser avistado apresentava manchas semelhantes a veias na pele e algumas protuberâncias na cabeça. Após alguns instantes encarando a figura estranha, as jovens se desesperaram e saíram correndo.
Conforme relataram, as jovens retornaram ao lugar da suposta aparição acompanhadas de sua mãe cerca de 25 minutos depois. Não havia mais nenhum sinal da criatura, apenas uma marca no solo, um odor que não conseguiram identificar e um cachorro farejando o local. Um trabalhador da construção civil que estava próximo do terreno teria informado que os bombeiros já haviam levado “aquela criatura estranha”.
Uma outra narrativa afirma que, aproximadamente às 20h, dois militares transitavam pela Rua Benevenuto Braz Vieira – a mesma em que as meninas teriam avistado o ser extraterrestre – quando o condutor do veículo freou abruptamente ao se deparar com algo atravessando a sua frente. Um dos militares desceu do carro e capturou a criatura sem usar luvas ou qualquer equipamento de segurança.
De acordo com os relatos, o ser foi transportado no banco traseiro do veículo pelos militares e levado a um posto de saúde local, porém, ao chegar lá, a criatura foi recusada pela unidade de saúde. Em seguida, os policiais seguiram para o Hospital Regional de Varginha, onde supostamente uma ala do hospital foi isolada para receber o misterioso ser.
Segundo relatos, após ser capturado, o suposto ET de Varginha teria sido levado para o Hospital Humanitas, onde teria ficado por dois dias antes de seguir para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). No entanto, nenhuma das instituições envolvidas na história confirmou esses eventos. Além disso, devido à existência de diferentes versões que mencionam criaturas capturadas, especula-se que possa ter havido mais de um “ET de Varginha”.
Segundo relatos, o militar responsável por capturar a criatura teria falecido alguns dias depois devido a uma infecção generalizada, causando surpresa e mistério ao redor dos acontecimentos. Com pouco mais de 20 anos e considerado um jovem saudável, a causa exata de sua morte permanece desconhecida até hoje.
Além disso, o zoológico da cidade relatou a morte de alguns animais após o incidente, sendo a necropsia capaz de identificar uma substância tóxico-cáustica de origem desconhecida. Os exames revelaram também um enegrecimento anormal na mucosa do estômago e intestino dos animais falecidos, adicionando mais um mistério a ser desvendado.
Foram relatados avistamentos de objetos voadores não identificados na cidade, além do caso do ET de Varginha. Um casal afirmou ter presenciado um objeto voador desconhecido em uma fazenda a dois quilômetros de distância do local onde a criatura foi vista.
O episódio do “Caso ET de Varginha” tomou proporções nacionais e internacionais, aguçando a curiosidade e a fascinação pela possibilidade da existência de vida em outros planetas. Até hoje, é recordado em publicações ufológicas ao redor do globo. Todavia, após mais de duas décadas, muitas interrogações permanecem sem respostas e a narrativa tornou-se um elemento do imaginário popular brasileiro.