O macaco de Loys, um espécime peculiar, foi abatido pelo geólogo suíço François de Loys na região fronteiriça entre a Venezuela e a Colômbia.

O macaco de Loys, ou Ameranthropoides loysi (ainda que não oficialmente reconhecido por esta nomenclatura), representa uma espécie animal peculiar assemelhada a um primata, cuja morte ocorreu em 1917, ocasionada pelo geólogo suíço François de Loys, nas proximidades da fronteira entre a Venezuela e a Colômbia.
- Publicidade -
Esse espécime apresentava uma estatura entre 1,60 e 1,65 metros, exibindo características que remetem a um hominídeo, tais como a ausência de cauda e a presença de 32 dentes.
Durante uma expedição liderada por François de Loys, com o propósito de realizar pesquisas de petróleo nas proximidades dos rios Tarra e Maracaibo, dois seres monstruosos aproximaram-se do grupo.
- Publicidade -
Em uma tentativa de autodefesa, François de Loys disparou contra os animais, resultando na morte da fêmea atingida por um veículo, enquanto o macho conseguiu escapar para a densa selva. De Loys preservou as fotografias que capturou do referido monstro.
"Ao retornar à Suíça, François de Loys manteve a existência da criatura em segredo. Contudo, em 1929, o antropólogo George Montadon, ao explorar os cadernos de Loys em busca de informações sobre grupos indígenas sul-americanos, deparou-se com a fotografia e convenceu-o a publicá-la em um periódico inglês.
- Publicidade -
Posteriormente, a criatura não identificada passou a ser objeto de interesse em diversas publicações francesas, o que levou George Montadon a sugerir à Academia Francesa de Ciências que lhe fosse atribuído um nome científico.

Entretanto, a designação científica da espécie por Montandon como Ameranthropoides loysi, o macaco humanoide americano de De Loys, foi alvo de críticas intensas.
- Publicidade -
Sir Arthur Keith, um naturalista britânico, argumentou que a imagem simplesmente retratava o macaco-aranha da espécie Ateles belzebuth, uma espécie local da área investigada, com sua cauda intencionalmente removida ou ocultada.
Os macacos-aranha, que apresentam uma altura média de cerca de 110 cm (3,5 pés), são amplamente encontrados em toda a região da América do Sul. Porém, De Loys relatou que seu espécime de macaco possuía uma estatura de 157 cm (5 pés), o que o tornava consideravelmente maior do que qualquer outra espécie conhecida.
- Publicidade -
O macaco despertou grande interesse em Montandon. Em três ensaios distintos publicados em periódicos acadêmicos, ele propôs o nome Ameranthropoides loysi para essa espécie. Contudo, os cientistas levantaram suas dúvidas a respeito dessa designação.
Em um artigo publicado em 1998, os historiadores Pierre Centlivres e Isabelle Girod sustentaram a afirmação de que o antropólogo Montandon teria fabricado toda a narrativa do encontro extraordinário, com o intuito de respaldar sua teoria racista sobre o desenvolvimento humano.
- Publicidade -

Qual era a identidade e a fundamentação de François de Loys para afirmar que o macaco retratado não se tratava apenas de um macaco-aranha? Existia convicção de que a fotografia havia sido capturada na região da América do Sul?
Uma das questões que se apresentam como um quebra-cabeça reside na natureza do primata de Loys, além da dúvida se esse primata é de fato originário da América do Sul.
- Publicidade -
Os únicos primatas nativos encontrados nas Américas são os macacos, uma vez que os orangotangos, gibões e siamangs são encontrados na Ásia, enquanto os chimpanzés, gorilas e bonobos têm seu habitat na África.
A eventual descoberta por parte de De Loys de um símio previamente não identificado na América do Sul acarretaria uma transformação significativa na maneira como concebemos a evolução dos primatas.