A Peña de Juaica é uma magnífica montanha localizada a 45 minutos da savana de Bogotá, entre os municípios de Tabio e Tenjo. A 3.100 metros acima do nível do mar, este local enigmático tem agora uma conotação mágica que atrai muitos visitantes e curiosos.
Já é conhecido mundialmente como uma porta aberta para outras dimensões sensoriais porque permite observar luzes e objetos não identificados em seu topo, segundo especialistas. Existem até aqueles que acreditam que são OVNIs.
Moradores de Tabio afirmam ter visto luzes estranhas na montanha. O assunto levanta uma variedade de explicações de várias perspectivas. Aqueles que abordam a questão na tentativa de enquadrá-la no exame de fenômenos inexplicáveis, ou aqueles que exploram por que viram elementos estranhos com seus olhos.
O que eles concordam é que a rocha da Juaica é uma maravilha natural com uma energia peculiar que nos convida a acreditar que não estamos sozinhos no cosmos, nem somos os únicos seres vivos.
Os índios Muisca cultuavam esta serra, segundo os antigos moradores de Tabio, e realizavam ritos, homenagens e sacrifícios em honra de seus deuses. Eles rezavam principalmente para a deusa Huiaka por boa sorte e abundância ao plantar suas colheitas, chuva para seus campos e fertilidade para suas mulheres.
"Além disso, os indígenas mantinham vigília no topo da montanha, atentos a quem entrasse no vale ao longe. Durante o colonialismo, os indígenas cometeram suicídios em massa como último ato de dignidade antes de serem submetidos.
Alguns acreditam que esses eventos são responsáveis por parte da carga de energia na rocha Juaica. William Chaves Ariza, engenheiro de sistemas e distinto ufólogo (estudo do fenômeno OVNI), visita aquele pico há mais de 30 anos.
Atualmente, ele diz ter visto luzes em forma de disco ou placa girando no céu daquela linda região desde seu trabalho como diretor da Ovni Contact na Colômbia, uma organização que compartilha conhecimento sobre a presença de OVNIs no país.
Chaves baseou seu romance Juaica, a Porta dos Deuses em suas experiências. Além disso, agora divide seu tempo entre Bogotá e Tabio, coordenando as inspeções do local. Ele afirma ter tido contato visual com pessoas do espaço uma noite.
Pelo menos 15 pessoas que acamparam na aldeia El Santuario podem testemunhar isso. Isso aconteceu em 24 de setembro de 1994, após uma forte chuva. Segundo Chaves, apareceram duas luzes alaranjadas, uma das quais pousou na árvore, e então apareceram figuras humanas brilhantes.
Os personagens inesperados os seguiram por 20 minutos antes de desaparecer. O pesquisador conta que um OVNI pousou novamente na mesma árvore, desta vez durante o dia, e as pessoas que depois o tocaram e tiveram problemas de saúde começaram a melhorar.
Por isso, William Chaves batizou-a como “A árvore da vida”. Em contraste, Enrique Smendling, filósofo e morador local, afirma que não viu nada, mas sabe que esta rocha é única. O estranho é que a maioria das pessoas não entende.
Smendling sustenta que não existem milagres, mas que uma tecnologia superior pode se mostrar. “Eventos estranhos são nomeados na Bíblia que hoje poderíamos chamar de OVNIs. A verdade é que é obtuso pensar que estamos sozinhos no universo. Prefiro acreditar que o mundo está cheio de vida em todos os lugares”, diz ele.
E lembra como ele subiu a rocha com seu irmão e vários amigos um dia e viu uma pedra preta que parecia um meteorito? Um deles o tocou e depois afirmou que possuía uma energia única.
Eles perceberam que estavam do lado errado da montanha quando desceram pelo lado sul. De acordo com Smendling, isso aconteceu com várias pessoas que ficaram separadas da rota principal por duas ou três horas.
Segundo ele, quando os humanos atingem um nível espiritual maior, eles também começam a ganhar níveis mais elevados de consciência humana. A espiritualidade não apenas aumenta o respeito mútuo, mas também permite que as pessoas reconheçam novas condições ao seu redor.
Juan Sebastián Castaeda Soto é psicólogo em formação, embora resida em Tabio há mais de 15 anos como pesquisador do fenômeno OVNI. Ele gosta de olhar para o céu e imaginar o que está além.
Ele se lembra de ter visto uma luz azul muito brilhante no topo de uma rocha que se moveu rapidamente e depois se escondeu na montanha enquanto alimentava um pequeno animal de estimação na casa de um amigo. Pode ter sido o reflexo de um avião, um cometa, uma estrela cadente ou um meteorito, mas Sebastián Castaeda acredita que foi um OVNI.
O mesmo diz César Eduardo Bernal Quintero, jornalista da Companhia Nacional de Radiodifusão da Colômbia:
“Sempre pensei que aqueles de nós que nascemos no município de Tabio, o que acontece com as pessoas que vivem perto das pirâmides do Egito. As maravilhas do universo são majestosas, e assim como estão em contato com a história, basta aos tabiunos abrir a janela de casa para contemplar uma montanha magnífica. O que acontece é que vê-lo todos os dias torna-se normal, assim como ver luzes no local.”
César Bernal insiste que o assunto pode ser abordado de vários ângulos. Do científico, histórico e antropológico ao sobrenatural. Segundo a mitologia, as luzes são um reflexo do ouro que os indígenas Muisca teriam escondido naquela montanha.
Isso explica por que a guaquera se proliferou no local por tanto tempo. Diz-se também que o jogo do teixo ou açafrão, que tem a forma de um disco voador, surgiu como uma forma de homenagear o Sol ou as luzes que viajavam de um lado da serra da Juaica até a serra do Majuí.
Há, no entanto, outra variação na categoria de legenda. A mulher mohán teria morado naquele pico. O homem estava no topo do Monte Majui, na Cota. Chuvas e tempestades apareceram em Tabio quando dois mohanes se apaixonaram.
Verdade ou mito, a única certeza é que existe um atrativo natural que muitos desconhecem no município de Tabio, a 45 minutos de Bogotá. Uma montanha deslumbrante onde contos e mistérios se misturam para fascinar a mente dos céticos e o zelo dos preservadores da natureza.