O enigmático Oricalco, o metal há muito perdido, emerge das profundezas em um naufrágio ancestral de 2.600 anos.
Indubitavelmente, um dos enigmas mais significativos que intriga nossa civilização é o desaparecimento enigmático de Atlântida, ocorrido aproximadamente há 11.000 anos.
-Publicidade-
Tal fato ganhou notoriedade ao ser mencionado nas obras do filósofo grego Platão e, até os dias atuais, permanece como uma das mais emblemáticas “cidades perdidas” da narrativa histórica.

Diversas narrativas e especulações levantam a possibilidade de que Atlântida fosse uma civilização dotada de tecnologia altamente avançada, transcendendo até mesmo o nível tecnológico contemporâneo.
-Publicidade-
Alguns acreditam que os atlantes não sucumbiram nas profundezas do oceano, mas lograram explorar outros planetas por meio de suas naves espaciais, enquanto outros sustentam a hipótese de que a corrupção e o poder na sociedade atlante deflagraram uma devastadora guerra nuclear, provocando uma profunda alteração geográfica em escala global.
"Independentemente das teorias sobre sua desaparição, a localização exata de Atlântida permanece desconhecida. Platão descreveu sua possível localização adjacente aos “Pilares de Hércules“, fazendo referência à “Rocha de Gibraltar” e ao norte da África.
-Publicidade-
Inúmeras expedições e pesquisas foram empreendidas com o intuito de desvendar a verdadeira localização, no entanto, nenhuma conseguiu corroborar sua existência.

A descoberta dos lingotes de Oricalco
No entanto, a possibilidade de Atlântida ser apenas uma lenda é posta em xeque, uma vez que uma equipe de arqueólogos marinhos recuperou 39 lingotes de “Oricalco” de um navio naufragado há aproximadamente 2.600 anos, a uma distância de 1.000 metros da costa de Gela, ao sul da Sicília.
-Publicidade-
Conforme as antigas crenças dos gregos, o “Oricalco” era um metal exclusivo encontrado apenas em um lugar: a cidade perdida de Atlântida.

O professor Sebastiano Tusa, renomado arqueólogo vinculado ao Escritório do Superintendente do Mar na Sicília, afirmou que os lingotes recuperados nos escombros do naufrágio provavelmente correspondem ao mítico metal vermelho conhecido como Oricalco.
-Publicidade-
Conforme as análises de especialistas, acredita-se que tais lingotes, provenientes de Atlântida, estavam sendo transportados de Gela, localizada ao sul da Sicília, com destino à Grécia ou à Ásia Menor.
É suposto que a embarcação, portadora desse precioso metal, tenha sido surpreendida por uma tempestade de grandes proporções, resultando no seu naufrágio iminente ao se aproximar do porto siciliano.
-Publicidade-
“Conforme informou Tusa à imprensa, o naufrágio remonta à primeira metade do século VI. O navio repousava a uma distância de meros 1.000 metros da costa de Gela, em uma profundidade de 3 metros. Trata-se de uma descoberta singular, jamais testemunhada anteriormente. O conhecimento acerca do Oricalco baseava-se em textos antigos e em alguns artefatos ornamentais.”

O Oricalco, o metal associado à Atlântida, possui uma história antiga e enigmática. Ao longo dos séculos, especialistas têm debatido a composição e a origem desse metal.
-Publicidade-
Conforme textos gregos antigos, o Oricalco foi atribuído à invenção de Cadmo, uma figura mitológica grega. O filósofo grego Platão mencionou o Oricalco como um metal lendário no diálogo intitulado “Critias”.
Platão descreveu a cidade de Atlântida como sendo iluminada pela “luz vermelha cintilante do Oricalco”. Segundo Platão, “esse metal, em valor próximo somente ao ouro, era extraído de Atlântida para revestir todas as superfícies do Templo de Poseidon”.
-Publicidade-
A opinião predominante entre os especialistas sustenta que o Oricalco é uma liga de cobre produzida por meio do processo de cementação. Esse processo consiste na combinação de minério de zinco, carbono e cobre metálico em um cadinho.
A análise dos 39 lingotes de Atlântida por meio da fluorescência de raios-X revelou que se tratava de uma liga composta por 75-80 por cento de cobre, 14-20 por cento de zinco e porcentagens menores de níquel, chumbo e ferro.
-Publicidade-
“A descoberta confirma que, um século após sua fundação em 689 a.C., Gela prosperou e se tornou uma cidade próspera, abrigando um grande número de oficinas de artesãos especializados na produção de artefatos preciosos”, comentou Tusa, ressaltando a relevância da descoberta.
Portanto, os lingotes de Oricalco são evidências da existência de Atlântida? Embora para muitos, essa descoberta possa ser interpretada como uma comprovação da existência da mítica cidade de Atlântida, é importante destacar que Enrico Mattievich, professor, escritor e ex-físico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, argumentou que os referidos lingotes são compostos de latão, enquanto o verdadeiro Oricalco é composto por cobre, ouro e prata, e teria sido produzido no Peru.
-Publicidade-
Mencionada sucintamente em apenas duas obras de Platão, Critias e Timeu, a Atlântida desperta uma forte crença em muitas pessoas acerca de sua existência.
Como já discutido anteriormente, os atlantes eram considerados uma civilização altamente desenvolvida que desafiou os próprios “deuses gregos” e, como resultado, supostamente desapareceu no abismo oceânico devido ao aumento do nível do mar ou a um catastrófico tsunami.
-Publicidade-
Desde que a menção à Atlântida surgiu no contexto da Grécia antiga, o ser humano tem buscado incansavelmente determinar sua localização, explorando diversas regiões ao redor do mundo, desde o Mar Mediterrâneo até as calotas polares e o Sul do Pacífico.
No entanto, até o presente momento, a Atlântida permanece oculta, sem nenhuma evidência concreta de sua existência.
-Publicidade-
Os lingotes de Oricalco encontrados nas proximidades da Sicília constituem uma prova definitiva da existência da Atlântida? E caso contrário, por que um metal tão raramente utilizado no mundo antigo possuía tamanha beleza estética?
Talvez um dia possamos obter as respostas para tais questionamentos. Contudo, enquanto os arqueólogos continuam descobrindo artefatos de Oricalco, a busca pela Atlântida persistirá.