Dolores Barrios era uma figura misteriosa, cujas características físicas e comportamentais impressionavam por se assemelharem à descrição dos lendários seres extraterrestres do planeta Vênus, que há muito tempo se acredita que vivam entre nós.
Segundo os pesquisadores, uma convenção de OVNIs ocorrida sete anos após o famoso Incidente do Acidente de OVNI de Roswell foi palco da chegada de seres extraterrestres do planeta Vênus. Sua intenção era clara: descobrir o que a humanidade sabia sobre sua existência e atividades em nosso planeta.
Convenção de OVNIs no Monte Palomar em agosto de 1954
Em 7 e 8 de agosto de 1954, foi realizada uma das convenções de OVNIs mais notáveis e emocionantes de todos os tempos. O evento teve lugar no topo do Monte Palomar, nos Estados Unidos, situado a uma altitude de mais de 1.800 metros.

George Adamski, Truman Bethurum e Daniel Fry, três dos mais famosos “contatados” da época, organizaram um evento histórico que ficou marcado na história da ufologia.
Mais de mil pessoas, incluindo jornalistas de todo o mundo, autoridades do FBI, testemunhas de OVNIs e curiosos, compareceram para ouvir as experiências pessoais dos três contatados. Cada um deles compartilhou histórias incríveis de suas interações com seres extraterrestres.
"Durante o encontro, o “instrutor” que falou com Adamski revelou que os venusianos eram surpreendentemente semelhantes aos humanos, e já estavam tão integrados em nossa sociedade que viviam em grandes cidades. Ele ainda exibiu uma impressionante pintura que retratava de forma artística uma venusiana.
Uma presença de convidado estranho que é incomum
No final do primeiro dia da convenção, a plateia foi surpreendida por uma cena intrigante que chamou a atenção de todos. Uma bela mulher apareceu acompanhada por dois homens, um deles usando óculos.
A mulher tinha cabelos loiros e pele pálida, mas o que mais intrigou a todos foram seus olhos incrivelmente escuros e pretos. Além disso, ela possuía uma proeminente marca óssea em sua testa e um desenvolvimento craniano excessivo.


A aparência singular da mulher em questão, com sua estrutura óssea marcante e olhos escuros profundos, despertou a curiosidade e a especulação da multidão presente.
De fato, sua aparência combinava com a descrição dada pelo orador Adamski de alienígenas supostamente nascidos em Vênus, que habitavam entre nós. Rumores começaram a se espalhar na multidão de que ela poderia ser um desses “venusianos” disfarçados.
Então, um participante decidiu abordá-la com a pergunta direta: “Você é ou não é venusiano?”. Com um sorriso, a mulher simplesmente respondeu: “Não”. Em seguida, a participante teve uma conversa com a mulher:
- O que te trouxe aqui?
- Porque temos um grande interesse no tema.
- Você acha que os OVNIs existem?
- Sim
- O que o Sr. Adamski afirma – que eles se originam de Vênus – é verdade?
- Sim
Ela se chamava Dolores Barrios
O jornalista brasileiro João Martins também teve a oportunidade de entrevistar os protagonistas desse evento sem precedentes.
Depois de algumas investigações, descobriu que a misteriosa mulher era Dolores Barrios, uma estilista de Nova York, e que seus amigos eram Donald Morand e Bill Jackmart, dois músicos que afirmavam ter uma relação próxima com ela e que residiam em Manhattan Beach, Califórnia.

Ao pedir para tirar uma foto, Martins foi prontamente recusado pelos indivíduos que ele acreditava serem venusianos. Essa referência os enfureceu profundamente. Martins, no entanto, ainda sustentava sua teoria de que Dolores Barrios se assemelhava muito à mulher que Adamski havia visto em uma pintura.
No dia seguinte, Martins surpreendeu Dolores ao tirar uma foto com flash ao final do encontro. Com pressa, ele também tirou fotos de seus dois amigos. O grupo então partiu em direção à floresta.
Pouco depois, um disco voador apareceu, mas infelizmente a testemunha não conseguiu capturar uma imagem.
Nenhum indivíduo jamais se manifestou para alegar que conhecia ou reconhecia os indivíduos misteriosos que aparecem nas fotos. No entanto, será que podemos realmente confiar nesses relatos? Para chegarmos a uma conclusão, é necessário examinarmos minuciosamente o artigo original, bem como os principais envolvidos nessa fascinante experiência com OVNIs e, sobretudo, o período em que tudo ocorreu.
A história da Convenção de OVNIs de Palomar
Os eventos em questão ocorreram durante o verão de 1954, mais precisamente entre os dias 7 e 8 de agosto. As primeiras convenções de OVNIs de que se tem conhecimento foram realizadas no Observatório Palomar em San Diego, Califórnia.
Um evento impressionante que reuniu físicos, astrônomos, agentes do FBI, jornalistas, testemunhas, contatados e curiosos.
O painel principal do evento foi composto pelos três contatados famosos: George Adamski, Daniel Fry e Truman Bethurum.
Eles descreveram em detalhes seus encontros incríveis com seres extraterrestres, deixando a todos os presentes fascinados com as histórias incríveis que compartilharam.
A apresentação de George Adamski

Fotografar e interagir com seres extraterrestres foi a experiência incrível vivida por George Adamski, um cidadão americano testemunha que nasceu na Polônia. Ele afirmou ter encontrado os “Irmãos do Espaço”, seres alienígenas benevolentes que possuíam uma aparência nórdica.
No dia 20 de novembro de 1952, os venusianos pousaram com sucesso sua nave em formato de disco no deserto do Colorado, e Adamski teve a oportunidade única de adentrar a nave e interagir com os seres extraterrestres.
Os “Irmãos do Espaço” transmitiram a Adamski uma mensagem de preocupação com o futuro da humanidade na Terra, alertando sobre os perigos da guerra e do uso de armas nucleares que poderiam colocar em risco toda a vida no planeta.
Durante sua palestra, Adamski explicou como os venusianos eram semelhantes aos humanos em sua estrutura morfológica e intenções, podendo inclusive viver entre nós sem serem detectados devido à sua aparência quase invisível. Para exemplificar, exibiu uma pintura do venusiano que chamou de Orthon.

A multidão ficou surpresa com o que viu. Entre as pessoas presentes, Dolores Barrios e seus amigos Donald Morand e Bill Jackmart se destacaram como o trio de aparência peculiar que ajudou a tornar este evento verdadeiramente memorável e significativo.
Não é surpresa, uma vez que sua aparência era notavelmente semelhante àquela descrita pelo contatado apenas algumas horas antes.
Saiu no jornal “O Cruzeiro”
Na década de 1950, a revista “O Cruzeiro” era o veículo de comunicação mais influente da América do Sul e foi através do relato de João Martins, um de seus repórteres, que o evento OVNI ocorrido naquele ano ficou conhecido.
Em três edições publicadas em outubro de 1954, Martins detalhou minuciosamente os acontecimentos, tornando-os amplamente divulgados.
Curiosamente, o contato com seres de outros planetas não agradou a todos os envolvidos. George Adamski, o “contatado” em questão, não apreciava a atenção que estava recebendo e acreditava que indivíduos que se apresentavam como venusianos estavam tentando prejudicá-lo.
Argumentos contra as afirmações de George Adamski
Na década de 1950, a preocupação com uma possível Terceira Guerra Mundial era palpável, especialmente com a ameaça iminente de uma guerra nuclear durante a Guerra Fria.
Nesse cenário, o filme “O Dia em que a Terra Parou”, lançado em 1951, apresentou um alienígena com aparência humana que veio à Terra com um aviso: a espécie humana deveria viver em paz ou enfrentar a morte do planeta.
Coincidentemente, um venusiano chamado Orthon transmitiu a mesma mensagem a George Adamski, o que levou muitos a suspeitarem que Adamski tivesse inventado tudo para apoiar suas afirmações.
No entanto, vários anos depois, descobriu-se que várias das imagens de discos voadores publicadas por Adamski nas décadas de 1950 e 1960 eram falsas.
Entre elas, destacam-se a lâmpada cirúrgica e o fato de os suportes de pouso serem lâmpadas. Além disso, em outras fotos, Adamski usou um poste de luz ou o topo de uma chocadeira para simular a presença de naves alienígenas.

George Adamski afirmou ter recebido uma medalha de ouro de honra de “Sua Santidade” e um convite para uma audiência secreta com o Papa João XXIII. No entanto, turistas em Roma podem facilmente adquirir uma réplica da mesma medalha acompanhada de uma caixa de plástico barata.
Disputas envolvendo João Martins e a mídia
Dois repórteres, João Martins e Ed Keffel, foram enviados ao Quebra-Mar na zona oeste do Rio de Janeiro em 7 de maio de 1952 para cobrir casais que buscavam um encontro na praia deserta.
Após esperar horas, eles testemunharam um objeto voador circular azul-acinzentado aparecer diante deles.
O OVNI mudou de aparência por quase um minuto e Keffel tirou cinco fotos. Eles correram para o laboratório e apareceram na primeira página do sensacional tabloide “Diário da Noite” na manhã seguinte, que foi visto por toda a população.
Vários militares, incluindo o coronel Jack Werley Hughes, examinaram as fotos e acreditavam que eram reais da Embaixada dos EUA.
Oito dias depois, o mesmo grupo publicou mais oito páginas de imagens do que hoje é conhecido como o Incidente UFO da Barra da Tijuca em seu jornal “O Cruzeiro”.

Anos depois, surgiram relatos de que a equipe da revista tinha feito uma brincadeira interna. No entanto, naquele dia em que Ed Keffel e Martins entraram na redação, o caos tomou conta.
Uma multidão clamava para que a “notícia” fosse divulgada. Eles haviam capturado a imagem de um objeto em um estúdio, utilizando a técnica de dupla exposição.
O diretor da revista, Leão Gondim de Oliveira, não hesitou em tomar medidas para apurar a veracidade da história.
Ele contatou Carlos de Melo Éboli, um renomado perito criminal do Instituto de Criminalística da Guanabara, para realizar uma minuciosa investigação dos acontecimentos.
Com sua percepção aguçada, o estudo minucioso apontou uma descoberta intrigante: as sombras projetadas pelos objetos da cena pareciam estar em conflito.
Na quarta imagem, a sombra da área circundante se movia da direita para a esquerda, enquanto o disco voador parecia se mover no sentido oposto.
No entanto, o relatório do renomado Instituto de Criminalística da Guanabara nunca foi divulgado.
Além disso, o diretor do instituto negou um pedido da Kodak, com sede em Rochester, Nova York, para examinar a autenticidade das imagens. Afinal, as vendas de revistas relacionadas a “Discos Voadores” estavam em alta.
Anos se passaram e o incidente de Palomar continuou a fascinar a imaginação popular.
O caso foi amplamente coberto em três edições, com um total de 19 páginas, pela revista “O Cruzeiro”. Joo Martins e Ed Keffel, dois talentosos redatores, produziram inúmeras reportagens sobre o tema dos OVNIs.
Dolores Barrios: quem era ela?

Há aqueles que afirmam com veemência que Dolores Barrios não passava de uma pessoa comum, e não uma venusiana, como muitos especulam.
Ela viveu uma vida plena, casou-se, formou uma família numerosa e, infelizmente, veio a falecer em 2008. No entanto, alguns teóricos da conspiração suspeitam que ela possa ter sido uma espiã da Guerra Fria, ocultando sua verdadeira identidade.
Por outro lado, há um grupo de pesquisadores de OVNIs que insiste em manter a possibilidade de que Dolores Barrios seja, de fato, uma alienígena disfarçada.
Segundo eles, o nome “Dolores Barrios” pertencia a uma pessoa falecida, e a adoção de uma nova identidade era uma prática comum entre a máfia e os espiões da época.
A verdade, entretanto, permanece oculta. Talvez ela esteja guardada em uma gaveta trancada, na posse de uma família que deseja preservar a memória de seus entes queridos.