O ex-oficial de inteligência da Força Aérea dos Estados Unidos, David Grusch, está lançando críticas contundentes contra o Congresso, classificando como um “fracasso total” a busca por maior transparência pública em relação aos fenômenos aéreos não identificados (OVNIs).
Grusch, que alega ter conhecimento sobre um programa de recuperação de OVNIs encoberto pelo governo, destaca a falta de esforços significativos para divulgar informações cruciais sobre esses incidentes.
O debate sobre OVNIs atingiu seu ápice quando Grusch revelou em uma entrevista exclusiva que os Estados Unidos possuem “um grande número” de “veículos não humanos de origem exótica que aterrissaram ou caíram”.
Desde então, alguns legisladores têm pressionado por mais transparência, levando à inclusão de uma cláusula no projeto de lei anual de financiamento da defesa, que exige a divulgação de registros confidenciais relacionados aos OVNIs.
Contudo, Grusch alega que o Congresso falhou significativamente nesse objetivo. Em uma entrevista recente no programa “Elizabeth Vargas Reports”, ele afirmou que o que está ocorrendo é “o maior fracasso legislativo da história americana”, independentemente da crença nas suas alegações.
"Para ele, a questão transcende as fronteiras da crença pessoal, sendo uma questão fundamental de transparência governamental.
Grusch, que inicialmente tornou suas alegações públicas em uma entrevista à NewsNation, agora pretende revelar mais informações em um futuro artigo de opinião. Ele responde às críticas sobre sua falta de conhecimento em primeira mão, indicando que recebeu autorização do Pentágono para compartilhar informações anteriormente retidas.
“Discutirei o que realmente sei em primeira mão, mas não pude discutir isso abertamente na época, inclusive na audiência (do Congresso), porque o Pentágono e o IC estavam de olho em alguns dos meus documentos pré-publicados na época”, disse ele.
A legislação em questão, conhecida como UAP, busca lidar com a divulgação de registros sobre “tecnologias de origem desconhecida e inteligência não humana”. No entanto, Grusch considera a versão diluída da medida como “uma mistura de sucesso”, apontando para disposições cruciais que foram retiradas durante a tramitação.
Uma delas incluía a criação de um painel consultivo para classificar os registros a serem divulgados, enquanto outra daria ao governo a posse total da “tecnologia não humana” recuperada.
As críticas de Grusch à medida não se limitam apenas às disposições retiradas, mas também às isenções adicionadas, que poderiam impedir a divulgação de informações sobre UAPs se ameaçassem a defesa nacional, comprometessem a inteligência nacional ou colocassem em risco fontes e métodos de coleta de informações.
“As informações confidenciais não vazariam se o painel fosse administrado adequadamente. Há outros painéis presidenciais muito parecidos com esse que ocorreram nas últimas décadas, e nenhuma informação vazou ilicitamente”, disse Grusch.
“O painel deveria analisar os registros confidenciais e fornecer ao presidente uma recomendação, pois ele é a autoridade de classificação original do poder executivo, e é ele quem faz a determinação final da classificação. Não é o painel. Eles estão apenas ajudando a aconselhar o presidente”, concluiu Grusch.
O senador Chuck Schumer, líder da maioria, expressou insatisfação com a proposta, culpando os republicanos da Câmara por resistirem aos esforços por mais transparência.

Grusch, por sua vez, destaca a importância de pressionar o presidente para agir por meio de ação executiva, agora que o Congresso não conseguiu legislar efetivamente.
Em meio a esse impasse, a busca por respostas sobre OVNIs nos Estados Unidos continua, deixando questões cruciais sobre a transparência governamental e a compreensão de fenômenos aéreos não identificados em suspenso.
O futuro revelará se o público e os líderes políticos conseguirão superar as barreiras e fornecer as respostas tão aguardadas sobre esse intrigante enigma.